Investigações sobre morte de juíza no Rio de Janeiro terão acompanhamento de uma comissão do CNJ

16/08/2011 - 18h50

Luana Lourenço

Repórter da Agência Brasil
 

Brasília - Uma comissão de juízes designados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai acompanhar a investigação da morte da juíza Patrícia Lourival Acioli, ocorrida na última sexta-feira (12) no Rio de Janeiro. A comissão, presidida pelo secretário-geral do CNJ, Fernando Florido, chegou hoje (16) à capital fluminense.

O grupo vai se reunir com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manuel Alberto Rebêlo dos Santos e com o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, de acordo com o CNJ. Em seguida, os juízes vão visitar o Fórum de São Gonçalo, onde a juíza trabalhava, para conversar com colegas de trabalho da magistrada.

Amanhã (17), a comissão visitará Tribunal Regional Federal da 2ª Região e a Divisão de Homicídios da Polícia do Rio de Janeiro. O grupo terá 30 dias para apresentar um relatório sobre o caso e apontar sugestões para as investigações. Os três juízes terão acesso ao inquérito policial.

Na sessão plenária de hoje (17), o CNJ adiou a decisão sobre um pedido de proteção para uma juíza de Pernambuco, que atualmente é escoltada por policiais militares, mas atua em investigações de crimes da corporação. A juíza solicita a intervenção do CNJ para que sua segurança seja feita pela Polícia Civil e Polícia Federal. O ex-conselheiro do CNJ Ives Gandra havia concedido uma liminar para a magistrada e, na votação de hoje, o plenário deveria decidir pelo acolhimento ou rejeição da liminar, mas a análise foi adiada após pedido de vista de um dos conselheiros.

De acordo com levantamento do CNJ, pelo menos 100 juízes estão sob ameaça em todo o país. Menos da metade têm escolta policial.

 

Edição: Aécio Amado