Faixas e frases no asfalto pedem cassação de Jaqueline Roriz em Brasília

30/08/2011 - 8h59

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A capital do país amanheceu hoje (30) com várias faixas espalhadas pelos principais locais da cidade pedindo punição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). No caminho entre o aeroporto e o Congresso Nacional, por onde passam os parlamentares, há uma recomendando a cassação. Além disso, o asfalto foi pintado, no Eixão Norte, com frases que pedem o desligamento da deputada.

O futuro de Jaqueline deverá ser definido na tarde de hoje (30) pelo plenário da Câmara dos Deputados. Os parlamentares votarão o projeto de resolução que recomenda a cassação do mandato por ter sido flagrada em 2006 recebendo dinheiro do delator e operador do mensalão do Distrito Federal (DF), Durval Barbosa.

A previsão é que a votação do projeto de cassação comece por volta das 16 horas. Antes, o Colégio de Líderes (partidários) se reúne para definir se o tema será o primeiro item da pauta de votações que incluirá outros assuntos. Para ser aprovado o pedido de cassação de Jaqueline Roriz são necessários, no mínimo, 257 votos favoráveis.

A votação ocorre no plenário e será secreta. Inicialmente, o relator do projeto recomendando a cassação, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), lê o documento recomendando a punição da deputada. Em seguida, a defesa de Jaqueline Roriz, feita pelo advogado José Eduardo Alckmin, tem cerca de 25 minutos para contra-argumentar.

Após a defesa do advogado, Jaqueline Roriz deverá se manifestar. Pessoas próximas à deputada disseram que ela está tranquila e que preparou sozinha o discurso. Para a defesa de Jaqueline Roriz, ela não pode ser cassada porque o ato – o flagrante em 2006 de ela recebendo dinheiro do delator e operador do mensalão do DF – ocorreu quando a deputada fazia campanha e ainda não exercia o mandato.

Em junho deste ano, o Conselho de Ética da Câmara aprovou o relatório de Sampaio pela cassação do mandato de Jaqueline, por quebra de decoro parlamentar. Ela anunciou que pretendia entrar com o recurso contra a decisão, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas desistiu.

*Colaborou Iolando Lourenço

Edição: Talita Cavalcante