Polícia ocupa Rocinha sem registro de confrontos, informa chefe do Estado-Maior da PM

13/11/2011 - 9h20

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - As comunidades da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu, na zona sul do Rio de Janeiro, foram ocupadas pelas forças policiais na madrugada de hoje (13). Às 4h10, blindados da Marinha iniciaram a incursão e pouco depois das 6h deste domingo as autoridades anunciaram que as comunidades estavam dominadas por homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque. Eles tiveram apoio de helicópteros.

De acordo com o coronel Alberto Pinheiro Neto, chefe do Estado-Maior da Polícia Militar, não houve registro de confrontos armados.

O efetivo de fuzileiros navais que participou da operação – 194 homens – foi o maior já empregado pela corporação em comunidades do Rio. No total, a Operação Choque de Paz, que conta com cerca de 3 mil homens, é preparatória para a instalação da 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio, em data ainda não definida.

Em alguns pontos, traficantes jogaram óleo na pista para evitar a movimentação dos veículos da polícia e da Marinha. Segundo o comando da operação, no entanto, isso não impediu a passagem dos blindados.

Durante a operação, um homem suspeito de envolvimento com tráfico de drogas foi detido no hospital de campanha montado na quadra da escola de samba da comunidade. Ele já havia sido condenado por assalto à mão armada e havia fugido do Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste, onde cumpria pena.

Policiais também apreenderam várias motos roubadas, munição e dinheiro na localidade conhecida como Boiadeiro, na Rocinha.

Os blindados da Marinha deixaram as comunidades por volta das 7h30 deste domingo. Também neste horário os acessos à região, que estavam bloqueados desde as 2h30, foram liberados para o tráfego de carros e ônibus. O espaço aéreo, que também havia sido fechado em apoio à operação, já está aberto.

Edição: Talita Cavalcante