Alckmin visita a cracolândia e diz que operação policial será mantida; Defensoria dará assistência jurídica e social

14/01/2012 - 14h52

Marli Morreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje (14), em um evento no Hospital Heliópolis, que a polícia será mantida na operação da região da cracolândia, onde há grande concentração de usuários de crack e outras drogas, moradores de rua e traficantes. Na capital paulista, os dependentes e outras pessoas ligadas ao consumo de drogas dividem-se em ruas próximas do centro da cidade, nos bairros de Santa Cecília, Luz e Campos Elíseos.

Na madrugada deste sábado, Alckmin passou pelas ruas da cracolândia, que continuam com a forte presença de policiais, cuja missão é a de coibir o uso de drogas e a ação dos traficantes. O governador não desceu do carro e nem deu declarações no local.

Já mais tarde, na visita ao hospital, ele avaliou a presença policial na cracolândia como positiva e disse que o reforço da segurança no local está permitindo que as famílias possam voltar a passar pelas ruas do local. Segundo o governador, 80 dependentes químicos manifestaram o interesse em tratar-se. “Isso significa uma média de sete internações por dia”, destacou.

Alckmin disse ainda que, paralelamente ao trabalho social, a polícia tem desmontado laboratórios de refino de drogas, tendo apreendido, nos últimos dias, 16 mil pedras de crack.

A Defensoria Pública de São Paulo anunciou ontem (13) que vai se engajar no trabalho social que vem sendo feito na cracolândia, por meio de uma ação coordenada com outros órgãos. A partir da próxima segunda-feira (16), psicólogos e assistentes sociais da Defensoria estarão na região da cracolândia para ajudar no encaminhamento dos usuários de droga à rede pública de saúde e de assistência social.

A Defensoria justificou a iniciativa dizendo "que é sensível à necessidade de enfrentar esse complexo e grave problema social". A ação da Defensoria será coordenada com os outros órgãos públicos que atuam no local, "visando a soluções conjuntas", segundo informou o órgão.

Os defensores acreditam que sua presença é fundamental em um local de alta vulnerabilidade social para garantir o respeito aos direitos das pessoas quem enfrentam o vício da droga.

Em nota, a Defensoria disse ainda que o acompanhamento da Operação Cracolândia, deflagrada nessa semana, tem se dado “no estrito cumprimento de sua missão institucional e que a Defensoria tem prestado atendimento jurídico às pessoas carentes, orientado sobre direitos e recebendo denúncias e reclamações sobre eventuais ações abusivas."

Edição: Lana Cristina