Mulher de bombeiro preso diz que ele foi à Bahia negociar desocupação da Assembleia Legislativa

09/02/2012 - 8h27

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A mulher do cabo Benevenuto Daciolo, do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, disse hoje (9) que o marido estava na Bahia, a pedido da Auditoria Militar, para ajudar a negociar a desocupação do prédio da Assembleia Legislativa baiana. Segundo Cristiane Daciolo, Benevenuto atendeu a um pedido do juiz da Auditoria Federal Militar José Barroso Filho.

O cabo foi preso administrativamente ontem (8) assim que desembarcou no Rio de Janeiro, vindo da Bahia, pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros, acusado de incitar o movimento. Segundo os bombeiros, pela Constituição, nenhum militar pode fazer greve. Daciolo foi um dos líderes do movimento grevista dos bombeiros fluminenses no ano passado e chegou a ser detido com mais 400 militares por motim.

Cristiane Daciolo diz que o marido não cometeu nenhum crime de incitamento. “Estão botando na conta dele uma crise que está instaurada no estado. Ele não tem nada a ver com isso. Fizeram essa prisão arbitrária e a gente ficou sem saber o que fazer com essa covardia”, disse.

Segundo ela, o cabo foi levado para o Presídio de Segurança Máxima Bangu 1. “Mandaram meu marido para o Presídio Bangu 1, só com uma prisão administrativa. Nada justifica pegar um bombeiro militar e jogar lá em Bangu 1. Ele tem que ficar dentro do quartel. Primeiro, ele tem que ser julgado e, se ele for expulso, é que ele vai para uma cadeia normal”, disse.

Edição: Talita Cavalcante//Matéria e títulos alterados para corrigir informação às 10h23.