Governo federal libera R$ 1 milhão para vítimas das chuvas no Acre

17/02/2012 - 23h21

Da Agência Brasil

Brasília - O governo federal disponibilizou, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, R$ 1 milhão para apoio às vítimas das chuvas que atingem várias cidades do Acre. Os recursos serão usados na compra de alimentos, água potável, barracas, vestuário, material de primeiros socorros e produtos de higiene e limpeza.

O Ministério da Integração Nacional também informou que cerca de 100 barracas serão distribuídas aos desabrigados e 30 integrantes da Força Nacional foram mobilizados para reforçar os trabalhos de assistência e socorro. Técnicos do Grupo de Apoio a Desastres (Gade) também desembarcaram na região para compor as equipes da Defesa Civil municipal e estadual.

Em entrevista à Rádio Nacional, o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, disse que a situação no estado é crítica, pois o Rio Acre atingiu cheia de 16,59 metros, mais de 2 metros acima do nível de transbordamento. “Estamos nos preparando para uma alagação grande porque o rio continua a subir. Estamos tomando todas as precauções para amenizar o sofrimento dessas famílias e contando com apoio incondicional do governo”.

Angelim ainda informou que as duas maiores cheias do estado foram medidas em 1997 e 1988, respectivamente, quando o rio chegou a mais de 17 metros. "O que eu tenho a dizer é que a parte do Rio Acre que pega o Peru, a Bolívia e o Brasil está chovendo bastante e está influenciando todos os rios da bacia".

De acordo com dados atualizados hoje (17), 2,8 mil pessoas estão desabrigadas apenas em Rio Branco. O número total de afetados pelas chuvas chega a 30 mil.

O chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun, disse à Agência Brasil que as ações preventivas foram fundamentais para que os danos não fossem maiores. “A Defesa Civil do estado fez o monitoramento e retirou definitivamente 246 famílias de áreas de risco em 2011, antes que as cheias começassem”. As famílias receberam casas novas em locais seguros, e o aluguel social foi pago pelo governo do estado.
 

Edição: Aécio Amado