Rio+20 deve ter padrão de excelência, diz ecologista

06/03/2012 - 7h17

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio quer atender a todas as necessidades de infraestrutura para que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorrerá na cidade de 13 a 23 de junho, "ocorra com padrão de excelência”, disse o economista e ecologista Sergio Besserman. Titular da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável e Governança Metropolitana da Cidade do Rio, ele preside o grupo de trabalho da prefeitura para a Rio+20. O grupo trabalha na realização do evento há cerca de dois anos e meio, sob a coordenação do Itamaraty.

São esperadas milhares de pessoas, que vão se locomover diariamente até o Centro de Convenções Riocentro, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, onde ocorrerá a conferência oficial. Eventos paralelos serão realizados nos mesmos horários em outros locais. “A nossa prioridade é o funcionamento da cidade”, disse Besserman.

Ele participa das discussões de conteúdo da Rio+20, por meio de um tema considerado crítico pela Organização das Nações Unidas (ONU), que são as cidades. “Como as cidades se posicionam na discussão sobre o desenvolvimento sustentável”. Durante o encontro, a prefeitura estará participando de várias reuniões de redes de cidades que debatem o tema sustentabilidade a partir da ótica urbana.

Haverá uma conferência internacional, a Cúpula 40 (C40), que reunirá representantes das 40 maiores cidades do mundo que lutam contra o aquecimento global. Prefeitos do mundo inteiro estão sendo convidados para esse encontro. Participarão também organizações e redes nacionais e globais de cidades sustentáveis.

O economista lembrou que ainda não existe resposta sobre a definição do que é uma cidade sustentável. “Mas as cidades têm se demonstrado capazes de ação, ou seja, de tomar iniciativas em inovações tecnológicas, em edificações, que podem ser inspiradoras para uma conferência tão importante”.

A ideia da prefeitura é demonstrar, na Rio+20, que as cidades têm uma capacidade grande de criação, que as torna capazes de dar conta dos desafios do desenvolvimento sustentável. “E que elas estão sendo ousadas nessa linha”.

Besserman destacou que tudo que é feito nas cidades exige definições que só virão dos acordos internacionais que afetam a macroeconomia global e os preços das mercadorias, por exemplo. “As cidades não substituem as ações. Mas elas têm  um exemplo de ousadia, de criatividade, na busca de soluções sustentáveis. Elas são uma força, uma inspiração importante”.

Edição: Graça Adjuto