SDH elogia operação da PF que prendeu dois homens acusados de discriminação na internet

22/03/2012 - 19h40

Daniella Jinkings
Repórter da Agência da Brasília

Brasília - A Secretaria de Direitos Humanos (SDH) parabenizou hoje (22) a Polícia Federal pela prisão de Emerson Eduardo Rodrigues e Marcelo Valle Silveira Mello, acusados de publicar mensagens com conteúdo discriminatório contra mulheres, negros, homossexuais, nordestinos e judeus, além da incitação do abuso sexual de menores no site silviokoerich.org.

Os dois foram presos em um hotel no centro de Curitiba, durante a Operação Intolerância, deflagrada nesta quinta-feira pela PF, na capital paranaense. Rodrigues mora em Curitiba e Mello, em Brasília. Há meses eles vinham postando no site mensagens de apologia a crimes de violência contra mulheres, negros, homossexuais, nordestinos e judeus, além de incitações a abuso sexual contra crianças.

De acordo com a secretaria, a operação da Polícia Federal é oriunda de denúncias oferecidas pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos e do Conselho Nacional LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), por meio do Disque Direitos Humanos, conhecido como Disque 100.

“Este caso emblemático reforça a importância da ampla divulgação da central Disque 100, para que o Estado, a partir do olhar atento da sociedade, da Justiça e dos órgãos de segurança pública, possam identificar e combater crimes semelhantes a este em todo o território nacional”, diz a nota da SDH.

Um dos conteúdos divulgados no site apoiava Wellington Menezes de Oliveira, que em abril de 2011 atirou em alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro. Doze crianças morreram e dez ficaram feridas. Os dois acusados disseram à polícia que foram procurados por Oliveira, para orientá-lo sobre como proceder na ação criminosa.

As investigações foram conduzidas pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Cibernéticos, unidade especializada da Polícia Federal. O Ministério Público Federal e a organização não governamental SaferNet Brasil receberam, até o dia 14 de março, quase 70 mil denúncias relacionadas ao conteúdo discriminatório do site.

 

Edição: Aécio Amado