Explosão ocorre em Bagdá momentos antes da reunião da Liga Árabe sobre violência na Síria

29/03/2012 - 12h05

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil


Brasília – Em Bagdá, no Iraque, minutos antes de começar hoje (29) a reunião dos líderes da Liga Árabe (que reúne 22 países) sobre a crise na Síria, houve uma explosão perto do local onde estavam os políticos. A explosão ocorreu próximo da Embaixada do Irã, na chamada zona verde, na capital do país. A área está sob forte esquema de segurança devido às discussões que ocorrerão ao longo do dia.

As autoridades deslocaram 100 mil policiais e militares para garantir a segurança no local das reuniões da Liga Árabe. O objetivo é controlar a entrada e saída de pessoas, assim como monitorar o espaço aéreo. Comunicações também estão sob vigilância. É a primeira cúpula da Liga Árabe, em Bagdá, nos últimos 22 anos.

A adoção de um plano de paz na Síria é o único tema da reunião hoje. Apenas oito dos 22 representantes da Liga Árabe estão presentes. O plano em debate foi aceito pelo governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, mas é visto com desconfiança pela oposição.

A onda de violência na Síria dura há um ano e a estimativa é que mais de 9 mil pessoas tenham morrido na região em decorrência dos embates entre manifestantes e forças de segurança do governo. Os manifestantes reivindicam a renúncia de Assad e o fim da repressão e das violações aos direitos humanos.

Anteontem (27) Assad indicou que pretende adotar o plano, que prevê um cessar-fogo e a criação de um corredor humanitário, entre outros aspectos. No entanto, a oposição síria desconfia da promessa do presidente de cumprir a proposta.

O plano, apresentado pelo enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, determina também a liberdade de imprensa e de expressão, além da abertura para o diálogo político. O assunto foi tema também do discurso da presidenta Dilma Rousseff hoje no encerramento da 4ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul).


*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade