Mortes na estrada diminuem 6% por dia durante a Semana Santa

09/04/2012 - 17h37

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os acidentes com vítimas e as mortes nas rodovias federais caíram, respectivamente, 10% e 6% por dia durante o feriado da Páscoa, segundo balanço nacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgado hoje (9). A média diária de acidentes fatais foi 642,25 em 2012, contra 703,6 em 2011. Foram 29,25 mortes, média diária, este ano, ante 31, no ano passado.

No total de quatro dias, foram registrados 90 acidentes fatais, 117 mortes, 2.569 acidentes e 1.524 feridos. Em 2011, a Operação Semana Santa teve cinco dias de duração, porque a comemoração do feriado de Tiradentes coincidiu com a Semana Santa. Os números do ano passado foram: 125 acidentes fatais, 155 mortes, 3.518 acidentes e 2.223 feridos.

Apesar da queda dos números, a imprudência é a causa de mais de 90% dos acidentes. De acordo com o balanço da PRF, 33% das mortes decorreram de colisão frontal de veículos, depois aparecem os atropelamentos, com 13%. Das 33.267 multas aplicadas nesse período, 6.262 foram por ultrapassagens indevidas.

Para o porta-voz da PRF, Fabiano Moreno, o desejo de chegar com rapidez ao destino ainda estimula manobras arriscadas nas estradas do país. “Nunca se falou tanto em trânsito no Brasil como se tem falado nos últimos anos. Isso gera uma consciência no motorista. Ainda não há uma mudança de comportamento, mas já se vislumbra uma mudança de hábito”, disse. “Às vezes, para ganhar poucos minutos, o motorista faz uma ultrapassagem em um local proibido”.

Minas Gerais, estado com a maior malha de rodovias federais, lidera o ranking de acidentes (349), feridos (262) e mortes (19). Em segundo lugar, aparece o Paraná, seguido por Santa Catarina.

Durante a Operação Semana Santa, foram feitos 14.233 testes de bafômetro, equivalente a um a cada 24 segundos. Do total, 581 motoristas foram reprovados, sendo 231 presos em flagrante por dirigir embriagados.

No mês passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o bafômetro e o exame de sangue são as únicas provas de embriaguez ao volante, criando uma polêmica, já que o motorista pode se recusar a fazer os testes.

O governo federal defende mudanças na Lei Seca pelo Congresso Nacional, entre elas, retirar da legislação a dosagem de álcool que caracteriza crime, permitindo que uma pessoa com sinas visíveis de embriaguez possa ser condenada, além do uso de depoimentos de testemunhas como provas do crime.

Edição: Fábio Massalli//A matéria foi alterada às 17h26 para esclarecimento de informações