Secretaria de Saúde do DF alega que morte de bebês prematuros tem a ver com quadro de saúde frágil

09/05/2012 - 18h59

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em todo o Distrito Federal, 16 bebês estão na fila por vaga em uma unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal na rede pública, segundo a Secretaria de Saúde local. Dois bebês prematuros morreram ontem (8) no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), que integra o sistema público, à espera de um leito.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal argumenta que as mortes não têm relação com falta de atendimento ou estrutura, mas com o quadro de saúde frágil dos bebês. O Hran dispõe de uma unidade neonatal com 15 leitos.

O primeiro bebê morreu no início da tarde desta terça-feira. A mãe, com quase sete meses de gestação, iniciou o trabalho de parto em Planaltina de Goiás – cidade localizada a cerca de 60 quilômetros de distância de Brasília – e, depois, foi transferida para o Hran. O segundo caso foi o de um bebê cuja mãe, proveniente do interior de Minas Gerais, deu à luz aos seis meses de gravidez. Ele, no entanto, não resistiu.

“A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informa que as mortes de dois bebês prematuros no Hran não estão ligadas à negligência no atendimento, falta de estrutura ou contaminação por bactéria. A fragilidade dessas crianças contribuiu para o agravamento do quadro clínico”, diz a secretaria, em nota.

Um terceiro bebê, também prematuro, continua internado em tratamento semi-intensivo no Hran até a liberação de uma vaga na UTI neonatal em outra unidade de saúde, conforme a pasta.

Para diminuir o problema, está prevista a abertura de 20 leitos de UTI neonatal, sendo dez no Hospital Regional da Asa Sul e o restante no Hospital Regional do Gama. De acordo com a secretaria, não há data prevista para a inauguração das novas unidades.

Edição: Lana Cristina