Dilma: crise financeira não pode ser argumento para fim de políticas de proteção ao meio ambiente

05/06/2012 - 15h46

Carolina Gonçalves e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil


Brasília – A oito dias do início da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), a presidenta Dilma Rousseff disse que a crise financeira internacional não pode ser usada como argumento para que se interrompam as políticas de proteção ao meio ambiente e de inclusão social. A Rio+20 vai reunir, no Rio de Janeiro, representantes de governos e da sociedade civil para discutir questões ambientais.

“É possível enfrentar essa crise e continuar o desenvolvimento sustentável. A crise não pode ser argumento para que se interrompam as políticas de proteção ao meio ambiente e estamos vendo que nada adianta defender políticas de ajuste sem que o país cresça”, disse ao discursar na cerimônia de lançamento de medidas para a área ambiental. “Todos esperamos que a crise gerada pelo excesso, pela ganância e pela falta de controle dos mercados não seja um pretexto para a vitória do excesso da ganância e da falta de controle sobre os recursos naturais”, completou.

A presidenta disse ainda que o Brasil tem um “arsenal de medidas” econômicas a serem tomadas para conter os efeitos da crise financeira internacional. “Sistematicamente tomaremos as medidas para expandir o investimento público, estimular o investimento privado e o consumo das famílias. Medidas estão sendo tomadas e ainda temos um arsenal de providências que serão adotadas.”

Segundo a presidenta, nos próximos meses, o Brasil crescerá e irá manter o compromisso com a sustentabilidade. “Nenhuma das nossas conquistas será destruída, não vamos permitir que conquistas ambientais, econômicas e sociais sejam paralisadas ou derrotadas.” Dilma disse ainda que o Brasil soube crescer sem abusar dos recursos naturais e se tornar uma referência de preservação ambiental.

Na cerimônia que marcou as comemorações pelo Dia do Meio Ambiente foram anunciadas medidas como a criação de unidades de conservação, a homologação de terras indígenas e a criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema.

 

 

Edição: Lílian Beraldo