Brasil apresenta na Rio+20 vantagens de sua matriz energética

16/06/2012 - 11h56

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aproveitará a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) para mostrar ao mundo as vantagens da matriz energética brasileira, especialmente em relação à baixa emissão de gás carbônico.

Durante a conferência, serão distribuídos mil panfletos aos chefes de Estado e de Governo e demais participantes do evento mostrando, por exemplo, que o país emite menos de 1,2% do total mundial de gás carbônico, que chegou a 30 bilhões de toneladas em 2009.

Segundo a EPE, o Brasil é a sexta economia do mundo e está em 18º lugar no ranking das nações quanto às emissões de gases de efeito estufa provenientes da produção e do uso da energia. “O Brasil é um exemplo de país que conseguiu se desenvolver com baixo conteúdo de carbono. Nossa matriz energética é um exemplo para o mundo”, ressalta o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.

Os dados da EPE mostram também que, para cada quilowatt-hora produzido no país, são emitidos 64 gramas de gás carbônico, enquanto a média mundial é de 500 gramas. Isso porque 88% da  energia gerada no Brasil provêm de fontes renováveis como a hidreletricidade, a energia eólica e a biomassa. O percentual mundial está em 19%.

Cada brasileiro emite cerca de 1,8 tonelada de gás carbônico com a geração de energia elétrica, enquanto a média mundial é superior a 4 toneladas. Nos Estados Unidos, são produzidas 16,9 toneladas de gás carbônico por habitante na geração de energia. Para a produção de US$ 1 de Produto Interno Bruto (PIB) é emitido 0,16 quilo de gás carbônico no Brasil, que é a metade da média mundial, de 0,33 quilo. Na Rússia, esse indicador é 0,73.

Atualmente, graças ao uso do etanol, o país emite um terço a menos de gás carbônico do que emitiria se usasse apenas combustíveis fósseis nos veículos individuais. A meta é que, com o aumento do uso de etanol, em 2020 a redução chegue a 54%. A estimativa da EPE é que, em 2020, o etanol poderá atender a mais da metade da demanda energética da frota de veículos leves do país.

“Esses dados mostram que o Brasil está em uma situação muito boa em comparação com o resto do mundo no que diz respeito às emissões [de gás carbônico], mas o mais interessante é que as projeções para 2020 indicam que vamos poder crescer mantendo essa tendência de matriz de baixo carbono”, diz Tolmasquim.

Acompanhe a cobertura multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na Rio+20.

Edição: Nádia Franco