Patriota:opinião do secretário-geral da OEA sobre Paraguai não é posição da entidade

11/07/2012 - 12h39

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse hoje (11) que a manifestação do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, sobre a atual situação do Paraguai não constitui a posição oficial do bloco. Segundo ele, os países-membros ainda estão em fase deliberativa.

Em reunião extraordinária ontem (10) da OEA, José Miguel Insulza sugeriu que seja feito um plano de ação para facilitar o diálogo entre os países da região e o Paraguai e que o país não seja suspenso da organização por causa do impeachment do então presidente Fernando Lugo.

O secretário-geral Miguel Insulza fez uma visita à Assunção e apresentou seu relatório aos países-membros, mas as opiniões dele não constituem uma posição da OEA. Entre os países-membros, ainda estamos em uma fase deliberativa”, explicou, após participar de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.

Sobre a decisão de incorporar a Venezuela ao Mercado Comum do Sul (Mercosul) após a suspensão do Paraguai do bloco, Patriota disse apenas que os dois processos são distintos e que a entrada da Venezuela já vinha sendo debatida entre os países sul-americanos há bastante tempo.

Em relação à um possível retorno do Paraguai ao Mercosul, tendo a Venezuela como país-membro, o ministro avaliou que não é possível fazer especulações sobre o futuro e que o desejável, no momento, é apenas a retomada da democracia no Paraguai.

A volta do Paraguai, segundo a decisão do Mercosul, é quando houver plena vigência da ordem democrática. Não é mencionada eleição, mas a eleição seria um caminho”, concluiu.

Edição: Carolina Pimentel