Término da suspensão do Paraguai na Unasul só ocorrerá com eleições democráticas e transparentes

24/07/2012 - 9h36

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Representantes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) apelaram ontem (23) para que as autoridades do Paraguai conduzam o processo eleitoral no país de forma transparente e democrática. Em abril de 2013, os eleitores paraguaios escolherão os novos presidente e vice-presidente da República. O Paraguai está suspenso da Unasul desde a destituição do então presidente Fernando Lugo do poder, em junho deste ano.

A Unasul argumentou que a realização de eleições democráticas e transparentes é condição fundamental para acabar com a suspensão do Paraguai do bloco. O país foi suspenso porque os presidentes sul-americanos consideraram que houve transgressão à ordem democrática durante o processo de destituição de Lugo. Os paraguaios negam irregularidades.

O anúncio foi feito pelo presidente do grupo de alto nível da Unasul que se destina a monitorar a situação política no Paraguai, Salomon Lerner Ghitis. Os integrantes do grupo da Unasul decidiram ainda criar um programa de trabalho conjunto para avaliar a situação no Paraguai. A próxima reunião do grupo será no dia 13 de agosto. A ideia é colher informações nas embaixadas do Paraguai na região.

Ontem o grupo se reuniu, pela primeira vez, em Lima, no Peru. Os peruanos estão na presidência rotativa do grupo. “[O objetivo do apelo da Unasul é garantir um] processo democrático e transparente eleitoral", disse Lerner Ghitis.

Durante a reunião em Lima, os representantes da Unasul reiteraram que as eleições no Paraguai devem ser justas, respeitando a liberdade política, os direitos humanos, a liberdade de expressão, o direito de participação de vários partidos políticos.

*Com informações da emissora multiestatal, Telesur.

Edição: Talita Cavalcante