Defesa de sócio de Marcos Valério contesta acusações que pesam sobre seu cliente

06/08/2012 - 19h40


Heloisa Cristaldo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O último advogado a fazer sustentação oral hoje (6) no julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF), começou a fazer suas alegações. Hermes Vilchez Guerrero defende o publicitário Ramon Hollerbach Cardoso dos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Hollerbach junto com Marcos Valério e Cristiano Paz contribuíam para realização dos crimes de corrupção ativa.

“[Ramon Hollerbach] Não pode ser condenado pelo seu CNPJ [cadastro das empresas na Receita Federal]”, disse Guerrero, lembrando que sobre Hollerbach pesam as mesmas acusações imputadas a Marcos Valério, dono da SMP&B. "Ele deve ser condenado pelo seu CPF [cadastro de pessoas físicas na Receita Federal]. Ramon é citado 66 vezes nas alegações finais [do Ministério Público] e, em apenas uma, é citado sozinho".

Na sessão de amanhã (7), está prevista a defesa do empresário e sócio de Marcos Valério, Cristiano de Mello Paz, do advogado Rogério Lanza Tolentino, ligado a Marcos Valério, da ex-diretora da agência SMP&B Simone Vasconcelos, da gerente financeira da SMP&B, Geiza Dias dos Santos e da ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello.

A fase das sustentações orais começou hoje (5) e está prevista para terminar no próximo dia 14. Em cada sessão, são ouvidos cinco advogados, segundo a ordem da denúncia.


Edição: Lana Cristina//A matéria foi corrigida, no dia 7/8/2012, às 15h59, para correção de informação sobre a relação de Rogério Tolentino no processo