Urnas eletrônicas vão ser atualizadas depois das eleições e não podem ser emprestadas até meados de 2013

29/08/2012 - 17h14

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As urnas eletrônicas não vão poder ser emprestadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até julho de 2013, em razão do pleito eleitoral deste ano e também porque vão passar por processo de modernização, o que vai garantir o uso permanente dos equipamentos. A informação foi divulgada hoje (29), em nota oficial, pelo Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

De acordo com o presidente do colégio, Marco Villas Boas, a Justiça Eleitoral, “tradicionalmente, cede urnas eletrônicas para uso de entidades de classe e mesmo de governos estrangeiros”. Durante o período de atualização das urnas, “os protocolos serão aplicados apenas quando não representarem risco à garantia eleitoral dos cidadãos”.

Na nota, Villas Boas ressaltou que a atualização, que será feita até meados de 2013, vai gerar economia ao país e garantirá “o reaproveitamento dos equipamentos, antes condenados pela modernização dos sistemas”, evitando-se, portanto, o acúmulo de lixo tecnológico.

O TSE recebe demanda por empréstimos de urnas eletrônicas por parte de governos estrangeiros e também por entidades de classe que se interessam pelo uso do equipamento em processos de votação de seu interesse. As urnas que serão usadas nas eleições de 2012 já contam com o leitor biométrico para a identificação do eleitor por meio das impressões digitais, com exceção dos equipamentos Modelo UE 2004.

De acordo com o TSE, a biometria permite à Justiça Eleitoral garantir ainda mais segurança à identidade do eleitor, uma vez que cada pessoa tem digitais únicas, o que impede a tentativa de fraude no momento da votação.

No pleito de outubro, serão identificados pela nova tecnologia mais de 7,7 milhões de eleitores, de 299 municípios de 24 estados do país. As eleições municipais deste ano vão contar com 501.923 urnas eletrônicas, distribuídas entre todos os TREs do país e vão registrar os votos de mais de 138,5 milhões de eleitores. Só não vão votar este ano os eleitores do Distrito Federal, de Fernando de Noronha (PE) e os que residem no exterior.

Edição: Lana Cristina