Agricultura contribui para recuperação do PIB em cenário de crise internacional, avalia CNA

31/08/2012 - 18h19

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O crescimento de 4,9% da agropecuária em apenas três meses mostra que o setor contribui de maneira significativa para a recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) em um cenário de crise internacional que prejudica outros ramos da economia. A avaliação é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Em nota, a entidade informou que as expectativas são de que o setor agrícola cresça ainda mais porque os produtores preparam-se para plantar uma safra recorde, que terá reflexos sobre a economia no segundo semestre e em 2013. De acordo com a CNA, a elevação de preços internacionais provocada por secas nos Estados Unidos e no Leste europeu estimulará a produção de grãos e carnes no Brasil que não apenas suprirão o consumo interno como abastecerão outros países.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB, que representa a soma de tudo o que o país produz, cresceu 0,4% de abril a junho em relação ao período entre janeiro e março. A maior expansão foi da agropecuária, que cresceu 4,9% na mesma comparação. O setor de serviços aumentou 0,7%, enquanto a indústria registrou queda de 2,5%. No acumulado de 12 meses, o PIB subiu 1,2%.

De acordo com a CNA, a safra de cereais, fibras e oleaginosas impulsionou o resultado do setor agropecuário no segundo semestre. Esses produtos tiveram a colheita estimada em 165,92 milhões de toneladas, resultado 1,9% superior à safra anterior. Os destaques foram milho, com crescimento de 26,8% na safra, e café, cuja produção cresceu 16%.

Em relação ao segundo trimestre de 2011, o PIB aumentou 0,5%. Na mesma comparação, a agropecuária registrou desempenho bem melhor que o resto da economia, com expansão de 1,7%. Para a confederação, esses resultados indicam a recuperação do setor agropecuário no segundo trimestre. Nos próximos meses, ressaltou o comunicado, o crescimento continuará por causa dos preços elevados e do fim de diversas colheitas.

 

Edição: Aécio Amado