Dilma: governo quer incentivar brasileiros a mudar comportamento no trânsito

01/10/2012 - 9h13

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (1º) que o governo pretende incentivar os brasileiros a mudar o comportamento no trânsito. Segundo ela, a campanha Pela Consciência no Trânsito, lançada no último dia 21, tem como objetivo reduzir o número de acidentes nas estradas e também dentro das cidades.

No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma lembrou que 42 mil pessoas perdem a vida todos os anos em acidentes de trânsito no Brasil. “É um número devastador”, avaliou. O assunto, segundo ela, foi abordado durante conversa com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, na semana passada.

“A ONU lançou a Década Mundial de Ação pela Segurança no Trânsito. Sabe qual é o objetivo? É tentar reduzir pela metade as mortes no trânsito em todos os países até 2020. Aqui no Brasil, vamos participar desse esforço mundial pela redução das mortes no trânsito”, destacou.

Para a presidenta, os acidentes de trânsito se tornaram uma epidemia e, no Brasil, metade das vítimas é formada por jovens com idade entre 15 e 39 anos. “São perdas irreparáveis para as famílias, para os amigos e para o país”, disse. “Temos que evitar que o motorista dirija em alta velocidade, pegue o volante depois de beber. Sempre lembrando também que todos precisam usar o cinto de segurança”, completou.

Segundo Dilma, o governo vai investir R$ 42 bilhões em obras de infraestrutura para melhorar a qualidade das rodovias no país. Ao todo, mais de 7,5 mil quilômetros (km) devem ser duplicados e modernizados. Também serão investidos quase R$ 40 bilhões em transporte coletivo nos grandes centros urbanos. Além disso, até o final do ano, o governo começa a distribuir 1 milhão de bafômetros para ajudar nas ações de fiscalização.

“Precisamos ainda adaptar a legislação para punir com mais rigor quem adota comportamentos de risco no trânsito. Quem comete uma imprudência no trânsito não está colocando em risco só a própria vida, mas também está colocando em risco a vida dos outros”, concluiu.

Edição: Talita Cavalcante