Terceirizados no Ministério da Fazenda protestam contra atraso de pagamento e ameaçam parar

10/10/2012 - 14h11

Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

Um grupo de 30 funcionários da empresa Delta Locação de Serviços e Empreendimentos fez manifestação hoje (10) na porta do Ministério da Fazenda, onde trabalham como terceirizados, para reclamar de atrasos no pagamento de salários.

Os trabalhadores disseram que há três meses o salário tem atrasado cerca de dez dias. Eles afirmaram que o pagamento relativo a setembro ainda não foi pago e que os valores referentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e devidos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também não estão sendo recolhidos.

Antônio de Pádua, um dos diretores do Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços e Serviços Terceirizáveis no Distrito Federal,disse ter encaminhado documento à empresa com prazo até as 18h de hoje para o pagamento de setembro.

“Eles nos devolveram o documento sob a alegação de que depositaram o vale-transporte. Só que vale-transporte não é salário”, afirmou Pádua. De acordo com o diretor, os trabalhadores enfrentam dificuldades para dialogar com a empresa. “A gente liga e não consegue falar com eles. Não nos atendem”, declarou. Segundo ele, caso o salário não seja depositado na conta bancária, parte dos trabalhadores entra em greve amanhã (11).

O sindicalista diz que a Delta é responsável pelo contrato de cerca de mil terceirizados no Ministério da Fazenda e entidades vinculadas, como Receita Federal, Secretaria de Política Econômica e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Entre os terceirizados há copeiras, ascensoristas, garçons, motoristas e assistentes administrativos.

A reportagem ligou para telefones da empresa na Bahia, onde é sediada, e no Distrito Federal. Na Bahia, ninguém atendeu aos telefonemas. No DF, uma funcionária disse que não havia ninguém que pudesse falar sobre o assunto e que não estava autorizada a informar o número do telefone celular dos dirigentes. O Ministério da Fazenda não se pronunciou sobre o caso.

 

Edição Beto Coura