Sem-teto fazem manifestação em frente ao Ministério das Cidades

24/10/2012 - 11h55

Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Um grupo de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) está reunido desde o começo desta manhã na área em frente ao Ministério das Cidades. Segurando bandeiras e vestidos com camisas da organização, os trabalhadores reivindicam garantias para o recebimento de recursos destinados à construção de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida, e também medidas para assegurar que um grupo de Brasília tenha uma área para morar.

O comando do MTST informou à Agência Brasil que no local há 240 famílias. Seguranças do Ministério das Cidades, no entanto, não calcularam o número preciso de manifestantes. Não houve tumulto nem confusão. Os trabalhadores aguardam uma resposta da assessoria do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

Representantes do MTST conversaram com o gerente de Projetos da Secretaria de Habitação da pasta, César Ramos. Ele recebeu a pauta de reivindicações, que inclui queixas sobre o aumento do valor repassado a empreiteiras responsáveis pela construção de moradias do Minha Casa, Minha Vida. Segundo ele, as entidades parceiras não foram contempladas pela mudança nas regras.

Há, ainda, um item que se refere aos moradores da antiga invasão de Novo Pinheirinho, em Ceilândia, nos arredores de Brasília. Os moradores de Novo Pinheirinho, em Ceilândia, foram retirados do local há cerca de seis meses pelo governo do Distrito Federal. Um acordo permitiu que os moradores passassem a receber R$ 408 mensais para se organizarem. Mas o repasse acabou no mês passado e o grupo diz que está em dificuldades.

O líder do MTST na ocupação, Edson da Silva, disse à Agência Brasil que houve sinalização de assessores do Ministério das Cidades de que em dez dias será apresentada uma resposta aos apelos do movimento. Silva disse que o grupo continuará em frente ao prédio principal do ministério até que alguma autoridade dê garantias de que as reivindicações serão atendidas.

Edição: Juliana Andrade // Matéria alterada às 13h34 para esclarecer informações e ajustar dados divulgados pelo movimento