BID reativa fundo de combate à corrupção

08/11/2012 - 17h34

Carolina Gonçalves e Thaís Leitão
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Onze países da América Latina e do Caribe vão poder usar recursos de um fundo criado para ações de combate à corrupção, que foi reativado hoje (8) pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O montante inicial, que chega a US$ 2,4 milhões, foi disponibilizado pelo governo da Noruega.

Segundo Ana Maria Rodriguez, gerente do Departamento de Instituições para Desenvolvimento do BID, existe uma crescente demanda na região por maior transparência tanto no setor público quanto no setor privado.

“A informação é um instrumento de democracia e desenvolvimento dos países. É uma ferramenta poderosa para garantir renda e equidade nesses países”, avaliou.

Parte do dinheiro já será utilizada, por exemplo, para implantar medidas de prevenção de lavagem de dinheiro na Guatemala. O governo brasileiro também sinalizou interesse em assessoria que será financiada pelo fundo, para melhorar o sistema de monitoramento dos gastos públicos no país.

Ana Rodriguez explicou que o fundo pode contribuir para fortalecer a capacidade institucional dos países, impactando em várias áreas, como as de educação e justiça, a partir do controle da corrupção e do fomento à transparência financeira.

O Fundo da Transparência é uma continuação do Fundo Fiduciário para Atividades contra a Corrupção - criado em 2007, com aporte inicial, também do governo da Noruega, de US$ 5 milhões e a contribuição de US$ 1 milhão do BID.

No Brasil, o secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas, da Controladoria- Geral da União (CGU), Márcio Vinícius Spinelli, lembrou que o apoio do BID permitiu aprimoramento de ferramentas para detectar casos de corrupção. “A controladoria tem atuado na promoção da transparência e de informações estratégicas. A iniciativa [Fundo da Transparência] é importante para aprimorar as instâncias de controle do Estado”, avaliou.

No novo formato, os recursos do fundo serão usados para financiar projetos a partir de cooperações técnicas com os países beneficiados.    

Edição: Carolina Pimentel