Manutenção do crescimento econômico dobrará renda da população em 20 anos, diz secretário

19/11/2012 - 16h24

Pedro Peduzzi, Luciene Cruz e Wellton Máximo
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – A manutenção do crescimento da economia brasileira entre 4% e 5% ao ano permitirá ao país dobrar a renda per capita da população em 20 anos, disse hoje (19) o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Segundo ele, depois de desacelerar no fim do ano passado e no início deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) voltou a registrar este ritmo no segundo semestre.

O secretário relembrou o indicador de prévia do PIB divulgado pelo Banco Central na semana passada para destacar que a economia brasileira já se recuperou. “Os dados do terceiro trimestre indicam que o crescimento ficou em 1,15% [de julho a setembro]. Se o ritmo for anualizado [projetado para um período de 12 meses], isso representa 4,7% ao ano”, ressaltou Barbosa, durante a divulgação do balanço da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Para o secretário, a economia brasileira manterá a velocidade de crescimento no quarto trimestre. “As próprias avaliações do mercado indicam a manutenção do ritmo de expansão do PIB em uma faixa entre 4% e 5%”, disse ele. “Este nível de crescimento é essencial para consolidar a sociedade de classe média que está se formando e gerar mais oportunidades de investimento e emprego.”

De acordo com Barbosa, taxas de crescimento do PIB entre 4% e 5% ao ano permitem que a economia continue se expandindo sem pressionar a inflação. “O próprio Banco Central prevê que a inflação convergirá para o centro da meta [4,5%] no terceiro trimestre do ano que vem. Essa faixa de crescimento não compromete a estabilidade macroeconômica”, comentou.

Na avaliação do secretário, a recuperação do crescimento só foi possível, por um lado, por causa do aumento dos investimentos proporcionado pelo PAC, e, por outro, por causa das medidas de redução de impostos e de juros tomadas pelo governo desde o início do ano. “As desonerações e a diminuição do custo financeiro reduzem os custos e estimulam a produção e os investimentos”, destacou.

Edição: Nádia Franco