Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil lamenta morte de Oscar Niemeyer

06/12/2012 - 11h55

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR), Haroldo Pinheiro, lamentou hoje (6) a morte do arquiteto Oscar Niemeyer e disse que, muito preocupado com as questões da sociedade e da política brasileira, Niemeyer colocava a arquitetura como uma questão secundária.

"Era uma coisa que ele fazia porque gostava, mas não atribuía tanta importância ao próprio trabalho. Achava que mais importante é o trabalho de quem luta por melhores condições de vida da sociedade", disse, antes de participar do segundo dia do Seminário Internacional de Arquitetura e Urbanismo. O evento, reúne até amanhã (7) representantes dos conselhos estaduais e palestrantes de outros países para discutir os desafios da profissão.

Segundo Pinheiro, Niemeyer era um homem muito "humilde e simples", dono de um ânimo juvenil nas questões relacionadas ao seu trabalho. "Ele olhava para seu último trabalho – que eu nem sei qual foi, porque deixou tantos trabalhos iniciados – como se fosse um arquiteto recém-formado que faria seu primeiro projeto", disse.

Pinheiro esteve com Niemeyer há poucos dias, no Rio de Janeiro, e constatou que “incansável”, ele continuava trabalhando. "Era comum, no hospital, reclamar que precisava sair porque seus projetos estavam atrasando. Ele estava entusiasmado fazendo alguns em outros países, como a Argélia. Era muito requisitado, mas tanto fazia ser uma residência, palácios ou museus. O entusiasmo era o mesmo", contou, acrescentando que sempre saía "rejuvenescido" dos encontros com o gênio da arquitetura brasileira.

Edição: Denise Griesinger
 

Veja aqui galeria com imagens das principais obras de Niemeyer em Brasília.