Leilão de Energia A-5 negocia R$ 6 bilhões em contratos

14/12/2012 - 18h44

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Leilão de Energia A-5, feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo, negociou 66,1 milhões de megawatts-hora (MWh), o que equivale a 302,2  megawatts (MW) médios . No total, foram comercializados R$ 6 bilhões em contratos. Os investimentos serão feitos em dez parques eólicos, na construção da Usina Hidrelétrica de Cachoeira Caldeirão e na expansão da Usina Hidrelétrica Santo Antônio do Jarí. As duas usinas estão localizadas no estado do Amapá.

De acordo com o CCEE, o destaque do leilão foi o desempenho dos parques eólicos. As tarifas variaram de R$87,50 por MWh a R$88,68 por MWh –  uma média de R$87,94 por MWh, contra os R$99,54 por MWh obtidos  no leilão de reserva de 2011.

Os projetos eólicos contratados somam 281,9 MW e estão nos estados de Maranhão, da Bahia e do Rio Grande do Sul. A expectativa é que as usinas comecem a gerar energia a partir de 1° de janeiro de 2017 e que neles sejam investidos cerca de R$ 1,1 bilhão.

As duas hidrelétricas terão 292,4 MW de potência instalada e uma previsão de aporte de quase R$ 856 milhões. As obras ficarão a cargo de uma mesma empresa, a EDP, que cobrará uma tarifa de R$ 95,31 por  MWh para a Usina Hidrelétrica de Cachoeira Caldeirão; e de R$ 82 por MWh pela Usina Hidrelétrica Santo Antônio do Jarí.

Serão contratados 574,3 MW de potência em usinas, a um preço médio de R$ 91,25 por MWh, o que representa um deságio de 18,53% e uma economia de R$ 1,37 bilhão. O resultado foi avaliado como “surpreendentes principalmente pelos baixos preços”, pelo presidente do CCEE, Luiz Eduardo Barata Ferreira.

Os contratos de fornecimento de energia das hidrelétricas com as concessionarias de distribuição terão 30 anos de duração. No caso das fontes eólicas o prazo é 20 anos.

Edição: Fábio Massalli