Participação da sociedade civil é tema de reunião sobre Rio+20

18/12/2012 - 20h12

Carolina Gonçalves e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil

Brasília –  Na reunião de atualização dos resultados da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sutentável, a Rio+20, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, defendeu hoje (18) o esforço para a manutenção do envolvimento da sociedade civil nos temas relativos à sustentabilidade. A reunião ocorreu durante a tarde de hoje, no Ministério das Relações Exteriores, no Itamaraty.  

Integrantes da sociedade civil, por sua vez, reconheceram que a Rio+20 foi um avanço, pois permitiu a participação das organizações não governamentais, dos movimentos sociais, de entidades civis e do setor privado. Para a Fátima Melo, da Rede Brasileira para a Integração dos Povos (Rebrip), a sociedade civil ganhou força e espaço na Rio+20, conquistando condições de colaborar de forma mais ativa nas discussões.  

Participaram dos debates, no Itamaraty, os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), José Elito Teixeira (Segurança Institucional), Luiza Bairros (Igualdade Racial), Eleonora Menicucci (Política para as Mulheres), Marta Suplicy (Cultura), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Gastão Vieira (Turismo).  

Durante a reunião, Eleonora Menicucci e Izabella Teixeira observaram que é necessário assegurar espaço sobre a questão de gênero nos debates relativos ao desenvolvimento sustentável. Menicucci disse que em 2013 o Dia da Mulher irá homenagear as trabalhadoras rurais que produzem com o uso de práticas de sustentabilidade. Para ela, é essencial também avançar na política de saúde e reprodução.

Segundo especialistas, a reunião de hoje é cercada de expectativas pois aguarda-se a elaboração de uma proposta comum, que inclua as demandas de todos os segmentos, a ser encaminhada para a Organização das Nações Unidas (ONU). A proposta deve ser apresentada pela delegação brasileira no grupo de trabalho da Assembleia Geral das Nações Unidas que vai produzir documento a ser discutido no Foro de Alto Nível do Desenvolvimento Sustentável.

Em junho, quando houve a Rio+20, vários setores da sociedade civil criticaram a proposta final da conferência. Para segmentos da sociedade civil, faltou ousadia e temas considerados essenciais, como o financiamento de projetos para que países pobres assegurem a biodiversidade e tenham condições de buscar meios para conviver com os prejuízos causados pelos desastres naturais.

Edição: Carolina Pimentel