Padilha pede a Renan que libere médicos do Senado para hospitais públicos de Brasília

26/02/2013 - 19h50

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai estudar a possibilidade de ceder médicos do Senado para os hospitais públicos do Distrito Federal. A sugestão de um convênio entre o Senado e o Sistema Único de Saúde (SUS) foi feita hoje (26) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Como Renan pretende desativar o serviço médico ambulatorial do Senado, o ministro solicitou que o quadro seja colocado à disposição do SUS. Com isso, ficariam disponíveis médicos de várias especialidades como ginecologistas, urologistas, psiquiatras, radiologistas e obstetras que poderiam atender nos hospitais de Brasília.

“Vamos identificar esses serviços públicos na cidade de Brasília que possam receber os profissionais de saúde, para que fiquem melhor alocados podendo servir melhor a população brasileira. Esse é um gesto importante do Senado, não só de corte de gastos, mas de pegar essa estrutura que tem e colocar à disposição da população brasileira, em especial aqui no GDF [governo do Distrito Federal]”, disse o ministro.

A proposta está em análise e ainda não há um acordo sobre o assunto. Renan Calheiros anunciou, na última semana, que irá desativar o serviço ambulatorial do Senado como uma das medidas de ajuste de gastos. Com isso, ficou indefinida a situação dos médicos que atendem no ambulatório. Por enquanto o que se sabe é que eles devem ser transferidos para outros setores da Casa.

Alexandre Padilha e Renan Calheiros se encontraram pela manhã para tratar de diversos temas relacionados à saúde. O ministro pediu rapidez na aprovação do projeto de Lei de Responsabilidade Sanitária que prevê metas para municípios, estados e União na área da saúde.

“Estabelece inclusive mecanismos de cobrança do cumprimento dessas metas e de punição dos gestores que não cumprirem. Para nós, é um projeto fundamental para a estrutura do SUS como ele é: um sistema de grande complexidade. O desafio de buscar um sistema público universal tem que ser construído nos três níveis de poder”, disse Padilha.

 

Edição: Aécio Amado

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