Brasil registra mais de 70 mil novos casos de tuberculose em 2012

25/03/2013 - 14h23

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Números divulgados hoje (25) pelo Ministério da Saúde mostram que o Brasil registrou 70.047 novos casos de tuberculose no ano passado. A taxa de incidência da doença no mesmo período foi de 36,1 para cada 100 mil habitantes.

Já os dados mais recentes sobre óbitos provocados pela tuberculose no país são de 2010, quando a doença vitimou 4,6 mil pessoas e a taxa de mortalidade registrada foi de 2,4 para cada 100 mil habitantes.

O Brasil ocupa atualmente o 17º lugar num ranking de 22 nações consideradas 'de alta carga' (onde há grande circulação da doença). No país, a tuberculose representa a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte por doença identificada entre pessoas com HIV.

Em relação ao perfil do paciente brasileiro, cerca de 66% dos casos de tuberculose notificados em 2012 acometeram homens. Quanto à faixa etária, a frequência maior da doença ocorre entre 25 e 34 anos, em ambos sexos. Quanto à escolaridade, 58,2% dos casos novos tinham até oito anos de estudo.

Entre a população indígena, o risco de contrair a tuberculose chega a ser três vezes maior que na população em geral. Entre a população privada de liberdade, o risco é 28 vezes maior. Entre os moradores de rua, o risco é 67 vezes maior e entre pessoas que vivem com HIV, o risco de contrair a doença é 35 vezes maior.

Em 2010, 23,8% dos casos da doença no país eram de pessoas registradas no Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Em 2011, o número passou para 25%, sendo que cerca de 15% dos pacientes notificados com tuberculose recebem o benefício do Programa Bolsa Família.

Outro dado preocupante é que, no ano passado, apenas 53,3% dos pacientes com tuberculose no país fizeram o teste para detectar a doença.

Dados globais indicam que um terço da população do planeta está infectada pela doença. Ao todo, 5,8 milhões de novos casos foram notificados em 2011, sendo que 82% deles se concentram nos 22 países 'de alta carga'.


Edição: Denise Griesinger

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