Países africanos são os que mais importam tecnologias sociais do Brasil

25/03/2013 - 14h47

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Além de exportar itens como produtos agrícolas, industrializados e minérios, nos últimos anos o Brasil tornou-se também exportador de tecnologias sociais, de acordo com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello. Os países africanos foram os que mais enviaram representantes ao Brasil com o objetivo de conhecer os programas sociais do governo, aprender a implementá-los e aprender como avaliar a eficácia dessas ações. Em 2012, o MDS recebeu delegações de 58 países – 22 da África.

Do Continente Americano veio o segundo maior contingente, com delegações de 18 países. “O Brasil hoje é referência em tecnologias e políticas sociais por termos conseguido desenvolver políticas que conseguem ter larga escala e amplitude. Chegamos a milhões de brasileiros, por construir políticas simples”, disse hoje (25) a ministra Tereza Campello, que participou do seminário Plano Brasil sem Miséria: panorama geral e programas sociais.

Entre as políticas sociais que mais despertam interesse dos estrangeiros estão o Cadastro Único, que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que garante a segurança alimentar e fortalece a agricultura familiar. Segundo a ministra, até mesmo países desenvolvidos têm vindo conhecer o Cadastro Único. O programa da merenda escolar, que compra itens da agricultura familiar para fortalecer o segmento, também desperta grande interesse.

O interesse dos africanos nas ações brasileiras já resultou no PAA África implementado na Etiópia, Malauí, Moçambique, Níger e Senegal.

Com a crescente demanda de países para conhecer os programas sociais brasileiros, o MDS passou a fazer seminários ao longo do ano para atender as delegações conjuntamente. Em 2012, foram cinco seminários.

A ministra Tereza Campello destacou que o grande desafio para o Brasil e os demais países é fazer as políticas sociais chegarem aos que precisam. “O mais difícil é levar a política pública a quem mais precisa, isso porque é mais longe, é mais caro, é menos acessível, porque é nessas regiões que temos mais dificuldade de controlar nossos convênios, de ter recursos humanos de qualidade. Esse é o nosso grande desafio”, disse.


Edição: Denise Griesinger

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