Dívida do setor público sobe para 35,7% do PIB em fevereiro

28/03/2013 - 17h38

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,593 trilhão em fevereiro, informou hoje (28) o Banco Central (BC). Esse resultado correspondeu a 35,7% de tudo o que o país produz – o Produto Interno Bruto (PIB), com aumento de 0,5 ponto percentual em relação a janeiro. O resultado veio acima do esperado pelo BC, que era 35,2%.

De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o aumento da dívida deve-se “fundamentalmente ao primário abaixo do esperado”. Em fevereiro, o setor público registrou déficit primário de R$ 3,031 bilhões. O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas, excluídos os juros da dívida pública. Outro fator foi a valorização cambial de 0,64%, registrada no mês passado.

Neste mês, o BC espera que a relação entre dívida líquida do setor público e o PIB caia para 35,3%. Para este ano, o BC revisou a projeção de 33,2% para 34,1%. Em 2012, a dívida correspondeu a 35,1% do PIB.

A projeção para o ano leva em consideração a expectativa de cumprimento da meta cheia do superávit primário de 3,2% do PIB. O BC também considerou a projeção para o crescimento do PIB em 3,1%, este ano, e as estimativas de mercado para o dólar (R$ 2), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, em 5,71%), para o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI, em 4,87%), e a taxa básica de juros, a Selic, em 7,81%.  

Outro indicador divulgado pelo BC é a dívida bruta do governo geral (governos federal, estaduais e municipais), muito utilizado para fazer comparações com outros países.

No caso da dívida bruta, em que não são considerados os ativos em moeda estrangeira, mas apenas os passivos, a relação com o PIB é maior. Em fevereiro, ficou em R$ 2,640 trilhões, o que corresponde a 59,1% do PIB, resultado praticamente estável em comparação a janeiro (59,2%).

Para este ano, o BC espera que a dívida bruta represente 57,2% do PIB, contra 56,1% estimados anteriormente. Em 2012, a relação ficou em 58,6%.

 

Edição: Carolina Pimentel

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