OMC entra em nova etapa para escolha de diretor-geral; brasileiro está na disputa

02/04/2013 - 10h49

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

 

Brasília – A Organização Mundial do Comércio (OMC) começa hoje (2) uma etapa essencial para a escolha do novo diretor-geral do órgão. O embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, 55 anos, concorre com mais oito candidatos. Até o dia 9 ocorrerão consultas informais aos países, que integram a organização, para verificar as preferências entre os nove candidatos à função. A decisão final sai até 31 de maio.

O processo de escolha do diretor-geral da OMC é conduzido até se obter um nome de consenso. Não há voto. A escolha será em três etapas. Cada um dos 159 países que integram o órgão vota em quatro nomes.

Na primeira etapa, são classificados os cinco candidatos mais votados. Na segunda fase, ficam dois nomes. A terceira e última rodada é a confirmação do escolhido. O eleito substituirá, em setembro, o francês Pascal Lamy, que está no cargo há oito anos. O novo diretor-geral deverá enfrentar os impactos da crise econômica internacional e a tendência em buscar acordos bilaterais em lugar dos multilaterais.  

Além de Azevêdo, concorrem à direção-geral da OMC Alan John Kwadwo Kyerematen, de Gana; Anabel González, da Costa Rica; Mari Elka Pangestu, da Indonésia; Tim Groser, da Nova Zelândia; Amina C. Mohamed, do Quênia; Ahmad Thougan Hindawi, da Jordânia; Herminio Blanco, do México, e Taeho Bark, da Coreia do Sul.

Desde o lançamento de sua candidatura, em 28 de dezembro de 2012, Azevêdo foi a 46 países-membros da organização para apresentar suas propostas. Azevêdo esteve  na América do Sul e na Europa, na América Central, no Caribe e na África, assim como na Ásia, na América do Norte e no Oriente Médio.

Segundo Azevêdo, suas propostas se baseiam em três pilares: as negociações, o monitoramento dos acordos existentes e solução de controvérsias. De acordo com ele, as negociações exigem atenção dos membros da OMC. O brasileiro alerta que, sem a reativação das negociações, a organização corre o risco de perder credibilidade e relevância como instrumento para liberalizar o comércio internacional.

 

 

Edição: Lílian Beraldo


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