Brasileiro está na fase final da disputa ao cargo de diretor-geral da OMC, confirma Itamaraty

26/04/2013 - 13h02

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, confirmou hoje (26) que o embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, irá para a etapa final da eleição para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Azevêdo concorre com o candidato do México, Herminio Blanco. A decisão final é esperada para o dia 29 de maio. O novo diretor-geral da OMC tomará posse em 31 de agosto, substituindo o francês Pascal Lamy.

Azevêdo ocupa desde 2008 o cargo de representante permanente do Brasil na OMC. Herminio Blanco é economista e ex-ministro de Comércio e Indústria do México. Independentemente do eleito, será a primeira vez que o órgão será comandado por um latino-americano.

Na eleição da OMC, cada um dos 159 países que integram o órgão vota no nome de sua preferência. A escolha é feita em três etapas. Inicialmente, todos os candidatos concorrem. Para a segunda etapa, encerrada ontem (25), ficaram cinco candidatos e, agora são dois na disputa final.

Na penúltima fase, foram eliminados Taeho Bark (Coreia do Sul),  Mari Elka Pangestu (Indonésia) e Tim Groser (Nova Zelândia).  A escolha do novo diretor-geral da OMC é feita quando um nome obtiver mais apoio entre os integrantes da organização. O processo de escolha do diretor-geral é conduzido de tal maneira que se obtenha um nome de consenso.

Desde o lançamento de sua candidatura, em 28 de dezembro de 2012, Azevêdo foi à  América do Sul e à Europa, à América Central, ao Caribe e à África, assim como à Ásia, à América do Norte e ao Oriente Médio.

Para o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, um dos principais desafios da OMC é vencer a paralisação do processo envolvendo a Rodada Doha – que reúne representantes dos 159 países em busca de medidas para reduzir as barreiras comerciais. 

“Nós estamos muito empenhados nessa candidatura. O candidato [Azevêdo] reúne todas as qualificações. A Rodada Doha está paralisada desde 2008. Há um sentimento de que vale a pena ressuscitá-la”, destacou o chanceler. “Buscar resultados em áreas específicas exige conhecimento das negociações e não se adquire esse preparo e conhecimento do dia para noite, assim como a liderança capaz de produzir resultados.”

Edição: Juliana Andrade

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