Portal na internet tem dicas e conselhos para as mães

12/05/2013 - 13h31

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Qual a melhor posição para amamentar, como tratar o umbigo de um bebe nos primeiros dias de vida, o que comer para evitar cólicas no recém-nascido? Essas e outras dúvidas são frequentes principalmente para as mães de primeira viagem, como a analista administrativa Adriana Roberta, de 33 anos.

Com o pequeno João Pedro no colo, nascido há pouco mais de duas semanas, ela ressalta, no seu primeiro Dia das Mães, que o medo de errar faz a ansiedade aumentar ainda mais. "Sempre tem parentes e amigos cheios de opiniões por perto. Elas são úteis, mas às vezes contraditórias e a gente acaba ficando confusa e sem saber o que fazer", disse.

Para resolver questões simples do dia a dia de quem está dando os primeiros passos no mundo da maternidade, Adriana recorre à ajuda de uma rede social para gestantes e mães de bebês na primeira infância. Por meio de um portal na internet, o Rede Mães de Minas oferece orientações sobre a saúde das mães, desde a gestação, e dos bebês. Entre os serviços disponíveis está um calendário com sistemas de alerta que ajudam a lembrar as próximas consultas médicas, além de gráficos para acompanhar a evolução do peso e da pressão arterial da mãe e os movimentos do bebê ainda na barriga.

Em caso de questões clínicas, as mulheres são direcionadas ao callcenter e orientadas por profissionais de saúde, que podem encaminhá-las a um médico para atendimento presencial, ou tirar dúvidas pelo telefone. Foi o que aconteceu com Adriana há poucos dias.

"Eu sabia que era preciso passar álcool no umbigo dele até cair, mas depois que caiu, ficou um pedacinho de carne mole. Liguei pra eles, uma enfermeira me atendeu e me deu todas as orientações. Eu fiquei tranquila e tudo se resolveu", disse ela, que conheceu a rede ainda durante a gravidez e repassou a dica para amigas grávidas.

Criado pelo governo de Minas Gerais, o serviço pode ser usado por mulheres de todo o Brasil. Três meses depois de ativada, em fevereiro, a rede já contava com mais de mil cadastrados. Além do portal, também há um perfil no Facebook, com o nome Rede Mães de Minas, com aproximadamente 900 participantes. Nessa modalidade, é possível participar de fóruns de discussão com grupos temáticos, como etapas da gestação, amamentação e cuidados com o bebê.

O objetivo, segundo o governo estadual, é contribuir para reduzir a mortalidade materna e infantil. Minas Gerais contabiliza, a cada ano, cerca de 250 mil gestantes. Entre 2002 e 2011, de acordo com dados do Ministério da Saúde, as mortes de bebês com até 1 ano de idade caiu 27%. No ano passado, ficou em 12,2 mortes para cada mil nascidos vivos e a meta é chegar a nove até 2020, patamar observado em países desenvolvidos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A atendente Varleia Cristina Costa, de 31 anos, ainda está grávida, mas já usou o serviço de orientação por telefone da rede, quando sentiu, há poucos dias, uma forte dor no baixo ventre. Mesmo com a experiência de quem tem uma filha de 7 anos, ela diz que as dúvidas são constantes. Segundo ela, o fato de já ser mãe diminui o medo, "mas cada filho é de um jeito, as situações mudam e as dúvidas continuam".

"Além disso, faz muito tempo que tive um bebê no colo. As coisas evoluem e é bom ter um serviço onde posso buscar informações atualizadas sobre como cuidar de mim e do bebê". Ela ressaltou que, além da ansiedade natural a toda gestante, tem um motivo a mais para estar "com o coração na mão". Grávida de 40 semanas, o bebê que espera, ainda sem nome definido, pode nascer hoje, no Dia das Mães. "Está todo mundo torcendo. Vamos ver se ganho esse presente até o fim do dia", brincou.

Edição: Tereza Barbosa

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