Assembleia Geral da OEA discute nova política antidrogas

05/06/2013 - 6h59

Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC

Bogotá - A Organização dos Estados Americanos (OEA) começou, na noite dessa terça-feira (4), sua 43ª Assembleia Geral na cidade de Antígua, na Guatemala. O encontro vai até amanhã (6) e tem como tema Uma Nova Política Integral Frente ao Problema Mundial das Drogas nas Américas. Representantes de 35 países participam da assembleia, incluindo três presidentes e 28 chanceleres dos países-membros da organização. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, participa da reunião.

Na cerimônia de abertura, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, falou sobre o tema que será discutido. “A reunião estará centrada no consumo e tráfico de drogas na região, assim como nas estratégias para reduzir o problema”, explicou.

Insulza ressaltou, no discurso de abertura, que é preciso prestar atenção a alguns temas transversais: o efeito das drogas na saúde humana, o tráfico de drogas, a relação entre a lavagem de dinheiro e as drogas, além das atividades ilícitas geradas pela atividade.

“O problema da droga atinge todos os países. Todos temos necessidades compartilhadas”, disse o secretário-geral, lembrando que o tema é um dos maiores desafios enfrentados pelas democracias regionais. "O tráfico de drogas ilícitas é uma fonte de violência e risco à segurança nacional", acrescentou.

A OEA desenvolveu um estudo prévio sobre o tema que foi entregue à Colômbia no último mês de abril. O relatório traz algumas alternativas que poderão ser analisadas, entre elas a descriminalização do consumo. Insulza defende que seja dado maior enfoque de saúde pública ao tema.

O secretário ressaltou que é muito importante que o assunto esteja sendo discutido entre os países americanos. “Iniciaremos um debate que antes não se podia fazer. Isso acaba com um tabu de várias décadas”.

Além do debate sobre as drogas, a OEA vai eleger três representantes para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Um dos candidatos é o ex-ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos.

Com informações da Multiestatal Telesur.

Edição: Graça Adjuto