Brasil quer ser “parceiro solidário” de Portugal e aumentar comércio e investimentos

10/06/2013 - 22h18

Gilberto Costa
Correspondente da Agência Brasil/EBC

Lisboa – A presidenta Dilma Rousseff encerrou a visita de dois dias a Portugal avaliando que o comércio bilateral entre os dois países “pode progredir mais”.

Conforme os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), a corrente de comércio entre o Brasil e Portugal no ano passado foi US$ 2,623 bilhões (10% a menos que em 2011), com saldo de US$ 625 milhões favoráveis ao Brasil, metade do valor de 2011 (US$ 1,2 bilhão).

No primeiro bimestre deste ano, o saldo comercial foi US$ 37 milhões favoráveis a Portugal. O aumento de exportações de produtos (como vinho e azeite) e de serviços (educação) para o Brasil é desejada por Portugal, em recessão há mais de dois anos e com quase 1 milhão de pessoas desempregadas.

“O Brasil acompanha com atenção o esforço do povo português para atravessar uma circunstância econômica desafiante. Conhecemos a história de Portugal, a grandeza de seu povo, a energia de seu espírito empreendedor, somos um pouco herdeiros dessas qualidades. Sabemos que as dificuldades transitórias serão superadas. Queremos ser parceiros solidários e fomentar intercambio crescente. Afinal os verdadeiros amigos são aqueles que se fazem presentes nos momentos de dificuldades”, disse Dilma Rousseff ao fazer o brinde em jantar oferecido na noite desta segunda-feira em Portugal.

Dilma também manifestou interesse em receber mais investimentos portugueses. O governo brasileiro prepara para fazer novas concessões nas áreas de transporte e energia no segundo semestre, inclusive em áreas onde há capital lusitano desde a abertura econômica na década de 1990.

No início do jantar, o presidente Cavaco Silva agradeceu a visita de Dilma Rousseff no dia que se comemora a data nacional de Portugal (10 de junho) e assinalou que “o Brasil é uma referência incontornável e que o relacionamento entre os dois países tem “valor estratégico fundamental”.

Mais cedo, os dois presidentes assinaram convênios nas áreas de educação, ciência e tecnologia. De acordo com a imprensa de Portugal, havia expectativa de que a visita de Dilma Rousseff pudesse mobilizar interesse brasileiro pelo programa de privatização de estatais do país.

 

Edição: Aécio Amado

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