Além de assistir ao jogo, turistas estão curiosos em conhecer arquitetura de Niemeyer

14/06/2013 - 9h32

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Além da expectativa de ver de perto os dribles, passes e gols dos jogadores da seleção brasileira, turistas desembarcam em Brasília para a abertura da Copa das Confederações, amanhã (15), atraídos pelo patrimônio arquitetônico da cidade. Detentora da maior área tombada do mundo - 112,25 quilômetros quadrados - e inscrita pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na lista de bens do patrimônio mundial em 1987, a cidade é considerada um marco da arquitetura e do urbanismos modernos.

Para a arquiteta paulista Fernanda Magalhães Machado, de 34 anos, que chegou à capital federal ontem (13), as obras de Oscar Niemeyer, apontado como referência internacional na área, foram o fator decisivo para escolher Brasília, que vai receber o jogo de abertura do campeonato.

"Viemos, eu e meu marido, assistir ao jogo no sábado e, como vamos ficar na cidade por quatro dias, acho que vai ter bastante coisa legal para conhecer a arquitetura da capital federal. Como somos arquitetos, um dos focos da viagem é, sem dúvida, a obra [de Niemeyer]", disse Fernanda. Ela planejou o passeio com cerca de três meses de antecedência. "Compramos os ingressos na primeira fase de vendas. É uma viagem bem planejada”, destacou a turista.

Mesmo sem o olhar profissional de Fernanda, o corretor de seguros paranaense Carlos César Vilas Boas, de 42 anos, também desembarcou em Brasília ontem (13), na expectativa de assistir ao jogo deste sábado e visitar pontos turísticos da cidade. Entre eles, Vilas Boas quer conhecer as construções projetadas por Niemeyer, como a Catedral Metropolitana, o Palácio da Alvorada e o Palácio do Planalto.

"Vamos ficar até segunda-feira [17] para assistir ao jogo e fazer um tour pela cidade. Eu gosto muito de Brasília, é minha segunda vinda à capital", disse ele, que ressaltou a "grande expectativa" em relação à partida.

As autoridades estimam que o fluxo no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, durante o evento, chegue a 45 mil pessoas por dia, o que não ultrapassa o pico de passageiros diários na época de fim de ano, que é 60 mil. Até agora, o aumento na movimentação não foi percebido por profissionais que trabalham no aeroporto, como o taxista Ângelo Jose Milhano, de 49 anos.

“Por enquanto, o movimento aqui no aeroporto está normal, normalíssimo. Eu espero que melhore, que realmente venham muitas pessoas de fora, como o esperado, porque assim sobra pra gente e a gente fatura um pouco mais", disse ele. Ângelo Milhano não participou de nenhum curso preparatório especial para a Copa das Confederações. Ele ressaltou, no entanto, que está pronto para receber bem todos os turistas que precisarem de seus serviços.

As condições do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek para receber os visitantes do jogo de abertura foram consideradas satisfatórias pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys. Ele vistoriou o terminal na última quarta-feira (12). Segundo Guaranys, mesmo com as obras em andamento para a Copa do Mundo, o aeroporto tem mais qualidade.

A Inframérica, operadora do aeroporto de Brasília, também faz operação especial, com escalas diferenciadas em horários de pico, sinalização e ampliação do atendimento ao usuário. Segundo a empresa, haverá um aumento de 35% de pessoal durante o evento.

Edição: Marcos Chagas

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