Jovens católicos começam a chegar ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude

15/07/2013 - 20h01

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Milhares de voluntários começaram a chegar ao Rio para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), entre os dias 23 e 28 deste mês. A maior parte está chegando de avião. Grupos de jovens usando grandes mochilas, trazendo amarradas as bandeiras de seus países movimentaram hoje (15) o saguão do Aeroporto Santos Dumont, no centro da capital fluminense.

O americano Christopher Ryan manifestou a sua alegria por estar no Brasil para o evento. Antes de chegar ao Rio, ele participou de um encontro de jovens jesuítas em Salvador, capital da Bahia. “Eu espero ter oportunidade de conhecer as pessoas deste país e também as que vêm de outras partes do mundo. Os jovens esperam, sob o comando do papa Francisco, mudanças de estilo, focado na simplicidade e na atenção aos pobres. Ele certamente está capturando a atenção das pessoas mais jovens e eu estou com uma grande expectativa de ver o papa em breve”, disse Ryan, que mora em Boston e faz seminário para se tornar padre.

Segurando uma bandeira da Venezuela, a jovem Carla Maninat ressaltou a importância do papa Francisco para um olhar mais simples para a Igreja Católica. "Quero conhecer muita gente e aprender com o papa. Na Venezuela tem muita gente que vai à igreja, mas há outro tanto que não é praticante. Eu acredito que o novo papa vai mudar muito a igreja, principalmente com sua humildade, que vai ajudar a transformar a visão que as pessoas têm dos católicos", declarou.

Além dos estrangeiros, também é grande o número de brasileiros de outros estados. Wellington Aparecido de Oliveira veio de Bauru (SP) com objetivo de conhecer de perto o papa Francisco e compreender melhor a nova mensagem da Igreja Católica. “Com o novo papa, a Igreja Católica abre as portas para os jovens. Acredito que acontecerão mudanças, mas nada radical. Serão mudanças comportamentais e pessoais, na postura do jovem cristão na sociedade, na escola e no trabalho. Muda a visão de ver a Igreja só como templo, para ser algo contínuo na nossa vida”, disse Oliveira, que trabalha como catequista.

A recepção aos voluntários no Santos Dumont é coordenada por Bruno dos Santos Costa. Ele comanda um grupo de jovens que tem a missão de acolher os visitantes e encaminhá-los aos meios de transporte disponíveis, como pontos de ônibus ou táxis. “Para hoje estão sendo esperados 30% dos voluntários que vão trabalhar na jornada. Amanhã (16), os demais 70% chegam e depois virão os peregrinos. A preocupação maior foi montar pontos de informações em todo o Rio de Janeiro, nas barcas, no trem, no metrô e nos pontos de ônibus. A rede de informação tem como objetivo permitir ao peregrino chegar ao seu local em total segurança”, explicou.

Mas chegar ao destino nem sempre é fácil. Caso da costa-marfinense naturalizada francesa Anastasia N´Guetta, vestindo uma bata típica africana e carregando duas malas e uma bolsa, tentava, em francês, informações com um guarda municipal. Com um pedaço de papel, onde estava escrito o endereço de hospedagem, ela pedia informações sobre como chegar ao local.

O objetivo era chegar ao Alto da Boa Vista, bairro da zona norte da cidade, em meio à Floresta da Tijuca. Sem entender francês, o guarda respondeu em português, gesticulando e apontando para a estação de metrô, a cerca de 500 metros da catedral. Para chegar ao destino, ela deveria usar o metrô até a estação final, na Praça Saens Peña, e depois pegar um ônibus, que com um pouco de sorte a deixaria próxima à rua onde ela deverá ficar.

 

Edição: Aécio Amado

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil