Criação de emprego formal tem queda no primeiro semestre

23/07/2013 - 17h30

Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil

Brasília  – No primeiro semestre de 2013, foram gerados 826,1 mil empregos formais (com carteira assinada) - resultado de 11,439 milhões de admissões e 10,613 milhões de desligamentos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (23) pelo Ministério do Trabalho. O resultado foi o menor desde o primeiro semestre de 2009, quando foram registrados 397,9 mil empregos com carteira assinada. No mesmo período de 2010, 1,634 milhão de postos foram criados; no primeiro semestre de 2011, 1,414 milhão; e nos primeiros seis meses de 2012, 1,047 milhão.

Os setores com os melhores desempenhos nos primeiros seis meses do ano foram os de serviços (361,1 mil postos), da indústria (186,8 mil) e da construção civil (133,4 mil). Os com os piores desempenhos foram administração pública, com saldo negativo de 30,8 mil vagas; comércio, com saldo negativo de 13,6 mil; e extração mineral, com saldo negativo de 3,1 mil.

Para o ministro Manoel Dias, o bom desempenho do setor de serviços é um indicativo de expansão no mercado de trabalho. "O aumento de serviços significa que há um aumento real dos salários, do poder de compra da população e do atendimento de demanda. O salário da população aumentou. As pessoas estão consumindo mais e exigindo mais qualidade", explicou.

No primeiro semestre, o salário médio de admissão dos trabalhadores com carteira assinada chegou a R$ 1.090,52, o equivalente a 1,70% a mais do que o rendimento no mesmo período de 2012 (R$ 1.072,33).

Em relação a junho, o saldo de empregos gerados foi ligeiramente superior ao do mesmo mês no ano passado, 123,8 mil ante os 120,4 mil em 2012. Esse saldo foi o resultado de 1,772 milhão de admissões e 1,648 milhão de demissões.

Os setores avaliados pelo Ministério do Trabalho com os melhores desempenhos, em junho, foram os da agricultura, com a abertura de mais de 59 mil vagas; e o dos serviços, que abriu 44 mil postos. Esses dois setores tiveram desempenho expressivamente mais alto do que o terceiro melhor colocado, o comércio, com 8,3 mil vagas.

De acordo com o ministério, os resultados na agricultura se justificam por fatores sazonais, como as lavouras de café e as atividades de apoio em São Paulo e Minas Gerais. No caso dos serviços, os destaques positivos são os de alojamento de alimentação, de transportes e comunicações e de serviços médicos e odontológicos.

Em junho, a Região Sudeste, impulsionada por São Paulo e Minas Gerais, foi a com o maior saldo de postos de trabalho (68,8 mil), seguida pelo Nordeste (20,5 mil) e pelo Centro-Oeste (16 mil).

 

Edição: Carolina Pimentel

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