Paes diz que não houve gasto público na construção do Campo da Fé

26/07/2013 - 20h21

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O prefeito Eduardo Paes negou hoje (26) que tenha havido gastos públicos na construção do Campus Fidei (Campo da Fé), em Guaratiba, zona oeste da cidade, onde ocorreriam a vigília e a missa final da Jornada Mundial da Juventude.

“Não houve um tostão de recursos públicos, nem da prefeitura, nem do governo do estado, nem do governo federal, no Campus Fidei em Guaratiba. Todos os gastos foram do Comitê Organizador e da Igreja. Eles vão explicar isso no momento adequado que julgarem conveniente, não sou eu que vou falar quanto custou nem quanto deixou de custar. Mas não há nenhuma intervenção feita ali que tenha vindo da prefeitura”, disse Paes.

De acordo com ele, o Poder Público entrou como apoiador do evento e fez algumas melhorias na infraestrutura da cidade e no bairro. Guaratiba é um bairro da capital fluminense que tem uma população em torno de 110 mil habitantes e um dos índices de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixos da cidade, ficando 118ª posição dentre 126 regiões.

"O que o Poder Público fez, e tem muito orgulho de ter feito, foi apoiar esse importante encontro. E, apoiar inclusive com as suas falhas. Ou seja, nós estamos com as nossas forças de trânsito, a Comlurb [Companhia Municipal de Limpeza Urbana], investimentos na melhora da cidade, no recapeamento da Avenida Atlântica, no recapeamento da Estrada da Matriz, em Guaratiba. Todos esses investimentos foram feitos e a gente faz com muito orgulho. A infraestrutura para a multidão que vem para o espaço público, de saúde, isso tudo é de responsabilidade do Poder Público”, acrescentou.

Entre as obras que a prefeitura promoveu em Guaratiba estão a dragagem do Rio Piraquê, a urbanização de vias, a implantação de placas de sinalização de nomes de rua e o recapeamento de cinco estradas.

Paes lembrou que a escolha do local para a construção do Campus Fidei foi responsabilidade do comitê organizador, com apoio das autoridades, já que foi um pedido da Igreja fazer o evento em um local mais pobre da cidade. De acordo com ele, foram inicialmente cogitadas as possibilidades do Aterro do Flamengo e da Praia de Copacabana, mas descartadas para o evento “não ficar burguês demais”.

Em entrevista coletiva, nesta sexta-feira, para explicar a parte logística da mudança dos eventos finais da jornada de Guaratiba para Copacabana, o prefeito considerou normal a dificuldade para dispersar o público presente na festa de acolhida ontem. “É impossível dispersar um milhão e meio de pessoas sem fila, é inviável. Não é a mesma coisa que 70 mil pessoas saindo do Maracanã, que a gente consegue dispersar em uma hora. Em Copacabana, não vejo como confusão, vai ter fila em um evento desse porte. É natural”.

Edição: Juliana Andrade e Lana Cristina

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