Balança comercial tem pior resultado da história para meses de julho

01/08/2013 - 20h45

Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A balança comercial brasileira registrou déficit (importações maiores do que exportações) recorde tanto no mês de julho quanto no acumulado dos sete primeiros meses deste ano. De acordo com dados divulgados hoje (1°) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no mês passado, o saldo comercial ficou negativo em US$ 1,89 bilhão. É o pior resultado para meses de julho desde o início da série histórica do Banco Central, em 1959.

No período de janeiro a julho, o resultado ficou deficitário em US$ 4,98 bilhões, o mais fraco para o período desde 1995. Em junho, a balança teve superávit mensal de US$ 2,394 bilhões, mas acumulou déficit semestral recorde de US$ 3 bilhões.

De acordo com o governo, a queda nas exportações e a alta nas importações de petróleo são o principal motivo dos resultados deficitários. O atraso na contabilização das importações de petróleo, em função de instrução normativa da Receita Federal que aumentou o período para registro da compra de produtos a granel, contribuiu para que aquisições de combustíveis feitas há meses pela Petrobras só estejam sendo contabilizadas agora. Isso contribuiu ainda mais para o maior peso das importações na balança.

As exportações mensais alcançaram valor de US$ 20,8 bilhões em julho, com retração de 5,2% em relação ao mesmo mês de 2012 e de 14,4% em relação a junho de 2013, segundo o critério da média diária. As importações totalizaram  US$ 22,7 bilhões e média diária recorde para meses de julho, de US$ 987,1 milhões. Houve crescimento de 19,7% das compras no exterior com relação a julho do ano passado, e de 4,8% sobre junho de 2013, também levando-se em conta a média diária.

De janeiro a julho deste ano, as exportações somaram US$ 135,23 bilhões, com média diária de US$ 926 milhões e queda de 4,4% frente a igual período do ano passado. Por sua vez, as importações totalizaram US$ 140,21 bilhões, com média de US$ 960 milhões por dia útil e alta de 3,4% sobre igual período de 2012.

Edição: Nádia Franco

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