Comissão do Senado aprova nomes para Embaixada do Brasil na Irlanda e representação na CPLP

12/09/2013 - 15h06

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil

 

Brasília – A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado aprovou, há pouco, por unanimidade, os nomes dos diplomatas Afonso José Sena Cardoso, para assumir a Embaixada do Brasil na Irlanda, e de José Roberto de Almeida Pinto, para ocupar o cargo de representante permanente do Brasil na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.

Afonso José Sena Cardoso, de 66 anos, ingressou na carreira diplomática em 1975. Sena Cardoso foi conselheiro na missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, de 1991 a 1994, e chefiou as representações do país em Santiago, no Chile, de 1994 a 1996, e em Luanda, em Angola, de 2008 a 2010. Há três anos, ele é consul-geral em Toronto, no Canadá.

O Brasil abriu a Embaixada em Dublin, na Irlanda, em 1991, e a sede diplomática irlandesa em Brasília foi criada há 12 anos, período em que se intensificaram as relações entre os dois países. O fluxo comercial entre os dois países crescei quase 27% entre 2007 e 2012, passando de US$ 771,4 mil a mais de US$ 1 milhão. O Brasil importa sobretudo manufaturados da Irlanda, como produtos farmacêuticos, químicos, orgânicos, instrumentos médicos e máquinas mecânicas. As vendas brasileiras para a Irlanda são compostas principalmente por manufaturados e produtos básicos.

Os dois países também mantêm cooperação no setor educacional, com programas universitários na área de nanotecnologia aplicada à medicina e à exploração do petróleo. No Programa Ciência sem Fronteiras, a Irlanda ofereceu 4 mil vagas em universidades e institutos tecnológicos na modalidade graduação-sanduíche. A população brasileira na Irlanda hoje está em torno de 18 mil pessoas.

José Roberto de Almeida Pinto, de 60 anos, que será o representante brasileiro na CPLP, está há quase quarto décadas na carreira diplomática. O carioca foi chefe da Divisão Especial de Avaliação Política da Secretaria-Geral de Política Exterior, em 1990, e coordenou e chefiou o gabinete do órgão em 1995.

Almeida Pinto também atuou na Embaixada em Roma, como conselheiro e foi representante brasileiro na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 1998. O diplomata comandou as sedes diplomáticas do Brasil em Honduras, em 2005, e na Guatemala, em 2010, e assumiu o  Consulado-Geral em Roma, em 2008.

A CPLP foi fundada em 1996 e, atualmente, tem oito países-membros – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste – que buscam cooperação em várias áreas como educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, segurança pública e cultura.

Edição: Nádia Franco

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