Manutenção de veto à lei que acaba com multa do FGTS não é consenso entre base aliada

17/09/2013 - 14h11

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A manutenção do veto à lei que acabou com a multa dos 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), cobrada das empresas que demitem funcionários sem justa causa, não é consenso dentro da própria base do governo, admitiu hoje (17) o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE). Segundo o petista, PDT, PSD, PSB e PR são as principais resistências em relação à manutenção do veto da presidenta Dilma Rousseff.

“Não é um debate fácil, há uma divisão na base e estamos procurando deixar a base coesa para manutenção do veto. Por enquanto, ainda não há consenso mesmo considerando que os dois principais partidos [PT e PMDB] vão trabalhar pela manutenção do veto”, disse Guimarães.

O líder do PT disse que a proposta alternativa enviada hoje pelo Palácio do Planalto é centrada em dois eixos: a vinculação da multa adicional de 10% do FGTS ao Minha Casa, Minha Vida e o patrocínio do saque de aposentadorias futuras dos trabalhadores demitidos sem justa causa.

“É uma proposta boa, a bancada do PT vai votar pela manutenção dos vetos porque o país neste momento não pode deixar de ter essa perda de quase R$ 4 bilhões”, acrescentou o petista.

Pela manhã, os ministros Ideli Salvatti, de Relações Institucionais; Aloizio Mercadante, da Educação; e Alexandre Padilha, da Saúde, se reuniram com líderes dos partidos aliados para tratar do assunto, que é o segundo item da pauta de votações de hoje do Cogresso Nacional.

Edição: Denise Griesinger
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