BC vê ritmo mais moderado de consumo e boas perspectivas para investimentos

30/09/2013 - 10h26

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O consumo continuará em crescimento, mas em ritmo mais moderado. Em contrapartida, os investimentos e as exportações líquidas (descontadas as importações) ganharão impulso. Esse é um cenário traçado pelo Banco Central (BC), no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (30).

O BC destaca que a economia brasileira segue em expansão, com ritmo de atividade do segundo trimestre maior em relação ao três primeiros meses de 2013. O BC cita no documento a recuperação das exportações e a continuidade da expansão dos investimentos.

“Cabe notar, ainda que o cenário central contempla ritmo de atividade doméstica mais intenso neste e no próximo ano, ou seja, uma trajetória de crescimento”, acrescenta o BC. O relatório informa ainda que a expansão econômica estará “mais alinhada com o crescimento potencial”.

Para o BC, a demanda doméstica “tende a se apresentar relativamente robusta, especialmente o consumo das famílias”. Segundo o BC, isso é consequência dos fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito. Mas, na avaliação do BC, a demanda doméstica ainda será impactada, neste e nos próximos semestres, por efeitos remanescentes das elevações da taxa básica de juros, a Selic.

O BC eleva a Selic quando considera que a inflação está em alta, com a economia muito aquecida. Quando há alta da Selic, a tendência é a redução do consumo.

Este ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, em abril, e em 0,5 ponto percentual em maio, julho e agosto. A próxima reunião do Copom este ano será nos dias 8 e 9 de outubro.

O BC avalia ainda que os programas de concessão de serviços públicos e as permissões para exploração de petróleo “criam boas perspectivas para os investimentos e para a produção industrial.”

No relatório, o BC informou que reduziu a projeção de crescimento da economia, este ano, de 2,7% para 2,5%.

Edição: Talita Cavalcante

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