Pedido de recuperação judicial da OGX não vai prejudicar captações externas de empresas brasileiras, diz Coutinho

31/10/2013 - 14h59

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse hoje (31) que o pedido de recuperação judicial da petroleira OGX, controlada pelo empresário Eike Batista, não afetará captações externas das companhias brasileiras. Segundo ele, o investidor estrangeiro diferencia a OGX das demais empresas brasileiras.

"A janela de liquidez e as captações brasileiras continuaram. Quando as janelas de liquidez são favoráveis, as empresas têm captado, com custos razoavelmente favoráveis", afirmou Coutinho. “Os investimentos dos fundos que apoiaram a empresa são investimentos de riscos que elas estão acostumados a enfrentar, faz parte do jogo”, acrescentou.

Coutinho participou pela manhã de reunião da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), no Rio de Janeiro. O presidente do BNDES disse ainda que é “sensato” que a empresa OSX, também de Eike Batista, tenha um prazo maior para pagar o empréstimo feito na instituição no valor de R$ 418 milhões. O empréstimo vence no fim de novembro.

“A OSX tem muitos ativos valiosos cujo valor superam sua dívida, então é uma empresa que pode ser solucionada. Nesse sentido, dar tempo para que a empresa possa se restabelecer é uma estratégia sensata”, avaliou.

Os desembolsos do BNDES de setembro serão divulgados na semana que vem e devem se manter no patamar entre R$ 14 bilhões e R$ 15 bilhões, segundo Coutinho. Ele disse, que, embora não tenha sido marcada uma data para o novo aporte de recursos do Tesouro Nacional no banco de fomentos, é necessário que isso ocorra ainda neste ano.

Edição: Juliana Andrade

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