Lançado projeto que permitirá à população de São Paulo monitorar chuvas

Publicado em 16/12/2014 - 17:26 Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências da Atmosfera (IAG) apresentou hoje (16) o Projeto Chuva Online, que divulgará informações sobre a chuva em tempo real. Ele consiste em dois radares instalados em prédios da Universidade de São Paulo (USP) que transmitem imagens meteorológicas para o portal do projeto.

“O objetivo é desenvolver no futuro uma tecnologia que seja capaz de emitir alertas de alagamentos na cidade de São Paulo. Hoje, ele [sistema] capta imagens da zona leste até a oeste, entrando em alguns municípios próximos”, disse o professor Carlos Augusto Morales, do Departamento de Ciências Atmosféricas do IAG-USP.

A ideia é colocar em uso uma tecnologia, já testada pelos cientistas da USP, que monitora as chuvas de forma mais simples e barata e com maior resolução, já que os equipamentos estão mais próximos do chão do que os 23 radares meteorológicos existentes em São Paulo. De acordo com Morales, com as imagens detalhadas, o cidadão poderá saber se está chovendo em uma determinada rua.

Os radares foram configurados com alcance de 21 quilômetros, resolução de 90 metros e varreduras a cada cinco minutos. O equipamento é projetado para ser utilizado em cidades pequenas e médias. Cada um custa em torno de R$ 350 mil, enquanto um radar convencional pode custar até R$ 5 milhões. Os equipamentos convencionais usados pelo Centro de Gerenciamento de Emergência pesam entre 700 quilos e 1 tonelada e precisam de cabeamento específico. Já os da USP pesam 100 gramas e podem ser ligados em tomadas convencionais.

Segundo Morales, o equipamento servirá ainda para auxiliar no cruzamento de dados captados por outros sistemas e, a partir da observação dessas infromações, os profissionais poderão desenvolver o sistema de alertas. Um dos aparelhos está na USP Leste e o outro, no Butantã. “O terceiro radar será instalado no final do verão, em março de 2015, e nos permitirá a cobertura completa da região metropolitana de São Paulo”, informou o professor.

Edição: Aécio Amado

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