Navio de pesquisa da Marinha atraca no Rio após 6 meses de missão na Antártica

Publicado em 10/04/2015 - 18:17 Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

 

navio de pesquisa brasileiro na Antártida

O navio Almirante Maximiano serviu de plataforma de trabalho para 114 cientistas   Divulgação Marinha do Brasil

O navio polar de pesquisa da Marinha Almirante Maximiano atracou hoje (10) no Rio, após ficar seis meses em missão científica na Antártica. A embarcação havia partido em outubro do ano passado e operou nas Ilhas Shetland do Sul e nos estreitos de Bransfield, Antártico e Gerlache. No próximo dia 14, é aguardada a atracação do navio de apoio oceanográfico Ary Rongel. Eles participaram da 33ª Operação Antártica (Operantar).

O Almirante Maximiano, em sua sexta missão, serviu de plataforma de trabalho para 114 pesquisadores em 13 projetos. Os cientistas tiveram à disposição cinco laboratórios, além de equipamentos como guinchos oceanográfico e geológico. O Ary Rongel tem como principal missão prestar apoio logístico e reabastecimento aos módulos antárticos e colaborar com projetos das áreas de oceanografia, hidrografia, biologia, antropologia e meteorologia.

Entre as tarefas executadas pelos pesquisadores, está a coleta de dados em 195 estações oceanográficas, atingindo profundidades de até 4 mil metros, e de 87 estações geológicas, com profundidade máxima de 3.850 metros. Também foram lançadas 15 boias de deriva e 16 radiosondas. As informações podem se traduzir em importantes dados sobre as condições climáticas do planeta e os reflexos do aquecimento global sobre a vida na região.

Além disso, foram feitas observações científicas da fauna marinha local, incluindo coleta de amostras de pele de baleias orca e a marcação, com rádio transmissor, da primeira baleia-fin feita pelo Brasil na Antártica. As informações foram divulgadas pela assessoria de comunicação da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha.

A presença científica brasileira na Antártica integra os esforços do país de manter influência geopolítica sobre o continente. Atualmente, 29 países têm bases científicas na Antártica: África do Sul; Alemanha; Argentina; Austrália; Brasil; Bélgica; Bulgária; Chile; China; Coreia do Sul; Equador; Espanha; Estados Unidos; Federação Russa; Finlândia; França; Índia; Itália; Japão; Nova Zelândia; Noruega; Peru; Polônia; Reino Unido; República Checa; Romênia; Suécia; Ucrânia e Uruguai.

Sete países reivindicam territórios na Antártica: Argentina, Austrália, Chile, Inglaterra, França, Noruega e Nova Zelândia. Porém, nenhuma dessas reivindicações tem reconhecimento internacional, o que faz da Antártica o único continente que não pertence a nenhum país.


Fonte: Navio de pesquisa da Marinha atraca no Rio, após 6 meses de missão na Antártica

Edição: Fábio Massalli

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