Fiocruz tranquiliza escolas sobre participação na Semana Nacional de Ciência

Publicado em 14/10/2014 - 20:00 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que ocorre simultaneamente em 497 cidades, tem por objetivo mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas científicos. No Rio de Janeiro, o evento organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação ocorre na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

De acordo com a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nisia Trindade, escolas que tradicionalmente comparecem ao evento desistiram este ano de participar da SNCT, desde que a Fiocruz atendeu um homem com suspeita, já descartada, da doença. Ele ficou no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), centro de pesquisa da fundação. "A gente está vendo se isso [desistência das escolas] é revisto para que elas venham", disse.

Nisia tranquilizou professores pais e alunos, garantindo que mesmo que a suspeita de ebola se confirmasse, o que não ocorreu, pois os testes deram negativos, o evento seria seguro. "Estaremos com atividades até sexta-feira (17), e as escolas podem vir com tranquilidade. Estamos com atividades muito intensa, inclusive mostrando a formação do cientista para lidar com doenças".

O Museu da Vida, órgão da Fiocruz, que também organiza a semana no Rio, informou que 68 escolas se inscreveram e 13 desistiram. Dessas, cinco alegaram que o motivo da desistência foi a suspeita de ebola. O museu declarou também, por meio da assessoria de imprensa, que a média de desistência nos anos anteriores ficou entre 30% e 40%, resultado ainda não atingido este ano.

O vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção de Saúde, Vancler Rangel, concedeu uma entrevista à imprensa, hoje, em que anunciou que o paciente passa bem e não teve quadro infeccioso. Ele elogiou a adoção dos protocolos internacionais por parte da Fiocruz para lidar com a suspeita e também pediu tranquilidade aos pais e às escolas. "É importante dizer que não há nenhum risco para quem vem à Fiocruz. Não temos nenhum risco para a realização dessas atividades aqui. E mesmo se houvesse um caso de ebola, não haveria nenhum risco. Não é só porque o exame deu negativo que não há risco", disse ele, referindo-se às medidas de isolamento adotadas.

O professor de educação Erasmo Alves, da Escola Municipal Senador Afonso Arinos, em Duque de Caxias, levou seus alunos ao evento nesta terça-feira e declarou confiar na segurança: "Vimos no noticiário que o paciente já não tem mais a suspeita, e a gente acredita nessa instituição. Não houve nenhuma dúvida", disse.

É a primeira vez, segundo o professor, que seus alunos visitam a feira científica. Alves destacou que ver de perto os instrumentos de pesquisa e os objetos de análise está entre as partes mais interessantes do evento. "Eu acho que lidar com recursos audiovisuais é fundamental. Poder observar a análise dos mosquitos, os microscópios de perto, isso a gente não tem na escola. Lá, a gente tem livros, professores e boa vontade".

Edição: Aécio Amado

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