Candidatos do PSTU, PCB e PSOL participam de debate em SP

Publicado em 30/08/2014 - 16:07 Por Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

 

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Os candidatos à Presidência da República Zé Maria (PSTU) e Mauro Iasi (PCB) e o candidato a vice pelo PSOL, Jorge Paz, participaram hoje (30) de debate organizado pela Central Sindical Popular (CSP), na capital paulista.

Entre as questões apresentadas pelos participantes, estiveram as soluções para a mobilidade urbana, as políticas de educação e de segurança pública, a valorização dos trabalhadores, assim como as diferenças entre os partidos de esquerda que impossibilitaram uma frente nacional nestas eleições.

Sobre as políticas de transporte, Zé Maria defendeu investimento de pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas do país, na malha metroferroviária, além da estatização de todo o sistema.

“Não há solução sem investimento muito maior do que há hoje. Hoje, há o subsídio para o carro, que entope [as ruas] e não resolve o problema da mobilidade urbana”, disse. O candidato lembrou que, durante as manifestações do ano passado, o partido apresentou à prefeitura proposta de suspensão do pagamento da dívida pública e o repasse de dinheiro a entidade filantrópica para financiar o transporte público. “Com isso, seria possível a tarifa zero em São Paulo”, defendeu.

O candidato a vice-presidente pelo PSOL, Jorge Paz, falou sobre a proposta do partido para a economia. “Queremos a auditoria da dívida pública, a partir da qual haverá a suspensão da maior parte do que é creditado como dívida. Propomos ainda a taxação das grandes fortunas. Essa não é uma crise dos brasileiros e nem dos trabalhadores”, declarou.

Ele defendeu a melhoria dos serviços públicos e mais investimentos na agricultura familiar, em detrimento do agronegócio. Jorge Paz foi cobrado sobre o apoio declarado de um político do PSDB à candidatura de Heloísa Helena (PSOL) ao Senado. “Não há coligação em Alagoas”, enfatizou.

Mauro Iasi destacou que o PCB é contrário ao Plano Nacional de Educação. “Nós estamos defendendo as posições que saíram do Encontro Nacional de Educação”, explicou. Ele avalia que é fundamental rejeitar o plano e propor uma alternativa de acordo com novos princípios. “E acreditamos que isso se constrói em um espaço como o encontro nacional”, propôs.

Sobre a política de segurança pública, Iasi disse que defende o fim da Polícia Militar, com a unificação das polícias. “E uma profunda reestruturação de um Plano Nacional de Segurança, que articule dimensões de saneamento, de reforma urbana. É como vamos atacar os problemas de fundo”, apontou.

Edição: Beto Coura

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