Apesar da disputa acirrada, Pará vota sem maiores problemas

Publicado em 26/10/2014 - 17:28 Por Paulo Victor Chagas – Enviado Especial - Belém

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Apesar de uma diferença de apenas 50 mil votos, no primeiro turno, entre os dois candidatos o governo do Pará, a votação neste domingo (26) ocorre de maneira tranquila. O acirramento da disputa é representado pelo fato de o candidato do PMDB, Helder Barbalho, ter ficado com de pouco mais de um ponto percentual de vantagem sobre o atual governador e candidato do PSDB à reeleição, Simão Jatene.

Ontem(25), em todo o estado, os eleitores promoviam atividades de militância sadia, o que tem sido testemunhado também nas ruas da capital, Belém.

O deslocamento de carros e de pessoas pelas ruas da capital ocorre sem nenhum empecilho. Próximo às seções eleitorais, o estacionamento de veículos e o trânsito de eleitores não tem impedido que os demais cidadãos circulem pela cidade. Apenas quando os candidatos foram votar é que houve aglomeração de carros e de eleitores próximo às duas escolas, mas a situação não chegou a interromper o funcionamento da votação por muito tempo.

Segundo o procurador regional eleitoral, Alan Mansur, as poucas ocorrências registradas até o momento são consideradas normais em um pleito com mais de 5 milhões de eleitores e em um estado tão grande. “A eleição continua ocorrendo de forma normal, as pessoas continuam indo votar. Não teve grandes problemas em relação a essa possível tensão. Até o momento, a eleição vem mantendo uma certa tranquilidade. Então, as poucas ocorrências são normais em relação a um estado tão grande”, disse.

O Ministério Público Federal do Pará informou. nesta tarde, que cerca de 40 veículos de fiscais da coligação de um dos candidatos que concorrem ao governo do estado continham adesivos com a palavra “fiscalização” e, por isso, foram notificados para que fossem retirados. O selo poderia confundir o eleitor e indicar que os carros pertenciam à Justiça Eleitoral. De acordo com Alen Mansus, apenas um carro não retirou a tempo o adesivo, e foi retirado das ruas.

“Como fica algo que induz ao erro o eleitor, [foi pedida a retirada]. Imagina, chega ao local mobilizado, eles pedem alguma coisa, o eleitor acha que é fiscalização do TRE. Então, há um risco de isso acontecer”, disse, informando que, até o momento, não foi identificado nenhum outro tipo de irregularidade nos veículos, como transporte irregular.

As últimas informações sobre ocorrências no estado, segundo o procurador, são de que houve cerca de 20 prisões, principalmente por boca de urna. Outros casos apresentados são transporte irregular e compra de votos.

De acordo com Alan Mansur, o volume dos chamados “santinhos” encontrados nas ruas neste domingo foi bem menor do que no primeiro turno. “A sociedade reclamou bastante da sujeira nas ruas, mostrou que ela não aceita, não tolera, esse tipo de coisa. Por isso, ajuizamos uma ação contra isso ”, disse o procurador, em referência à determinação da Justiça Eleitoral de que seja aplicada multa de R$ 100 mil em cada local onde for encontrado esse tipo de irregularidade.

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Edição: Nádia Franco

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