CPMI da Petrobras adia votação do relatório para 18 de dezembro

Publicado em 05/11/2014 - 19:29 Por Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O deputado Marco Maia foi escolhido relator da CPMI da Petrobras (José Cruz/Agência Brasil)

O  relator  Marco  Maia cita acordo pelo qual CPMI
não convocaria políticos José Cruz/Agência Brasil

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras marcou para 18 de dezembro a votação do relatório final do deputado Marco Maia (PT-RS). Na prática, a data representa prorrogação de um mês no prazo da CPMI, mas isso ainda precisa ser lido e aprovado no plenário do Congresso Nacional.

Na reunião desta quarta-feira (5), os membros da comissão decidiram também que, a partir do dia 17 deste mês, vão se reunir duas vezes por semana para agilizar a conclusão dos trabalhos. Vários requerimentos de convocação já foram aprovados e muitos depoentes ainda precisam ser ouvidos pela comissão. Para a próxima terça-feira (11), por exemplo, foi marcada a oitiva da diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, e do gerente de Contratos da Petrobras, Edmar Diniz de Figueiredo.

Hoje a CPMI aprovou também a convocação do empresário Márcio Bonilho, citado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, após conversas com o doleiro Alberto Youssef sobre pagamento de propinas na Petrobras, e da ex-contadora de Youssef Meire Posa, que já depôs anteriormente na comissão. Outros empresários citados pela Polícia Federal como laranjas do esquema de corrupção também serão convocados pra falar aos parlamentares.

Um acordo firmado entre governistas e oposicionistas impediu a votação de requerimentos de convocação de pessoas ligadas a partidos políticos. Havia requerimentos para convocação do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), de outros membros do partido e de tesoureiros de outras legendas, como o do PT, João Vaccari Neto. “Tivemos um acordo pelo qual, em função do prazo exíguo, não trataríamos da convocação de ninguém da política. Portanto, incluem-se tesoureiros de partidos, dirigentes partidários e parlamentares”, disse Marco Maia, após reunião a portas fechadas com líderes partidárias da CPMI.

Os parlamentares também decidiram não votar a quebra dos sigilos fiscal e telefônico das empreiteiras citadas no esquema de corrupção, mas vão pedir informações a essas empresas, que terão dez dias para responder à comissão.

Edição: Nádia Franco

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